O projeto de decreto legislativo era de autoria do vereador Moisés Marques (PL), que lamentou a rejeição ao projeto

O projeto de decreto legislativo era de autoria do vereador Moisés Marques (PL), que lamentou a rejeição ao projeto

A Câmara Municipal rejeitou no final da tarde dessa segunda-feira (25) a outorga de um título de Cidadão Rio-Clarense ao secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite. A rejeição ao projeto de decreto legislativo aconteceu quase 48 horas após o violento caso de triplo homicídio registrado no Jardim das Nações I, na noite de sábado (23). Ainda naquele dia, pela manhã, um primeiro homem havia sido assassinado no Jardim das Palmeiras. A homenagem ao secretário de Segurança era de autoria do vereador Moisés Marques (PL).

O parlamentar chegou a alertar sobre a onda de violência para justificar a necessidade de se ter mais segurança na cidade e, consequentemente, o que motivaria o título a Derrite. “Nosso município precisa de mais segurança. Só neste final de semana foram quatro homicídios, totalizando 26 no ano. Por isso a importância de ter o secretário de Segurança perto da nossa cidade, enviando mais policiais militares (…) As famílias precisam ter mais segurança e não ficar presas dentro de casa”, afirmou Moisés.

No entanto, os vereadores da base governista do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) utilizaram da mesma informação – os quatro assassinatos – para justificar o voto contrário à homenagem ao secretário da Segurança Pública. Carol Gomes (Podemos) foi a primeira a encaminhar voto contrário. “O homenageado em questão nunca fez absolutamente nada por Rio Claro. Inclusive temos um desfalque na PM. Estamos esperando há muito tempo o aumento do efetivo. É muita hipocrisia votarmos hoje um título de Cidadão Rio-Clarense para um secretário de Segurança Pública sendo que no fim de semana tivemos quatro homicídios, foi um recorde”, disse a vereadora.

Rafael Andreeta (Republicanos), Alessandro Almeida (PSD) – líder do Governo Gustavo, Serginho Carnevale (PSD), Irander Augusto (Republicanos) e Adriano La Torre (PP) também se manifestaram contra a homenagem a Derrite, alegando em suma o problema da violência em Rio Claro e falta de reconhecimento do município nas ações da pasta da Segurança Pública no Governo do Estado de São Paulo.

O projeto de decreto legislativo precisava de dois terços dos 19 votos de vereadores para ser aprovado, no entanto, teve apenas 10 votos favoráveis. Votaram contra: Adriano La Torre (PP), Alessandro Almeida (PSD), Carol Gomes (Podemos), Irander Augusto (Republicanos), Luciano Bonsucesso (PL), Paulo Guedes (Progressistas), Rafael Andreeta (Republicanos) e Serginho Carnevale (PSD). Votaram a favor os parlamentares: Geraldo Voluntário (MDB), Hernani Leonhardt (MDB), José Pereira (PSD), Julinho Lopes (Progressistas), Moisés Marques (PL), Sivaldo Faísca (PL), Thiago Yamamoto (PSD), Vagner Baungartner (PSD) e Val Demarchi (PL). O vereador Rodrigo Guedes (União) não estava presente na sessão.

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