Prefeitura de Itirapina informou que já elaborou o projeto de saneamento básico do Balneário Santo Antônio em parceria com o DAEE e que o documento foi aprovado

Favari Filho

Os balneários e estâncias hidrominerais ou termais são bastante comuns em diversas regiões do Brasil. Nas proximidades de Rio Claro existem as que compõem a Serra do Itaqueri com pontos turísticos para quem gosta de desfrutar horas agradáveis junto da família e/ou dos amigos. O Balneário Santo Antônio, popularmente conhecido como Broa, é um desses lugares; localizado em Itirapina, a área de lazer atrai um sem número de pessoas aos finais de semana.

Contudo, a insegurança tem aumentado e os moradores estão muito preocupados com o aumento de furtos em residências, fato que é repetido a cada semana. No intuito de coibir as ações marginais, a Associação dos Proprietários de Imóvel do Broa (Apib) e demais moradores do local estudam a possibilidade de contratação de uma empresa privada de segurança, uma vez que reclamam do escasso patrulhamento da Polícia Militar.

Prefeitura de Itirapina informou que já elaborou o projeto de saneamento básico do Balneário Santo Antônio em parceria com o DAEE e que o documento foi aprovado
Prefeitura de Itirapina informou que já elaborou o projeto de saneamento básico do Balneário Santo Antônio em parceria com o DAEE e que o documento foi aprovado

O Grupo JC conversou com Mazinha, voluntária da Apib, que revelou quase ter sido assaltada há poucos dias por duas pessoas que a abordaram em uma das muitas ruas e ruelas do Broa, cuja área da represa chega a 7,5 quilômetros de comprimento. “Foi um tremendo susto; a princípio, pensei que os rapazes queriam pedir alguma informação, mas fiquei desconfiada e preferi não parar o carro. Segui em frente, foi por pouco que escapei.”

A reportagem também conversou com Elisabete de Oliveira Silva, moradora do balneário e agente comunitária atuante na região, que confirmou a sensação de insegurança vivida pelos habitantes às margens da represa. A servidora municipal, que precisa andar por todas as ruas e vielas do Broa para atender as famílias assistidas, enfatizou que o local está muito perigoso e que um dos fatores que prejudicam a segurança são as entradas não oficiais que facilitam o acesso de malfeitores.

Elisabete, que também é gestora ambiental, confirmou a informação apurada pela reportagem de que peixes estariam morrendo nas águas da represa e apontou dois possíveis motivos: o primeiro, a falta de chuva ocorrida no início do ano que diminuiu o oxigênio da água, possibilitando assim o aumento de algas, o que, por sua vez, acabou matando os peixes; e, segundo, devido à ausência de tratamento de esgoto no local, uma vez que as casas possuem fossas sépticas, o que, de acordo com a gestora, afeta diretamente no meio ambiente.

ESGOTO

A prefeitura de Itirapina informou por meio de nota que já elaborou o projeto de saneamento básico do Balneário Santo Antônio em parceria com o DAEE [Departamento de Águas e Energia Elétrica] do Governo do Estado e que o documento foi aprovado pelos órgãos ambientais, inclusive com a Licença de Instalação [LI].

A nota enfatizou ainda que há grande movimentação política e administrativa pelas autoridades da região junto ao Governo do Estado para a liberação de recursos da ordem de R$ 18.500.000,00 para a execução das obras, que contam com apoio total do GAEMA [Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente], comandado pelo promotor Ivan Castanheiro do município de Piracicaba.

REPRESA DO BROA

A Usina Hidrelétrica do Lobo foi inaugurada no ano de 1936 e, desde aquela data, a Represa do Broa – com águas dos rios Lobo e Itaqueri – além de servir como reservatório, passou a contar com muitos habitantes à sua margem que, por sua vez, formaram a Apib [Associação dos Proprietários de Imóvel do Broa] no intuito de resolver os problemas.

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