Sidney Navas
Exames feitos pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) comprovaram que duas capivaras que vivem no interior da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena) estão realmente contaminadas com a bactéria causadora da febre maculosa. Desde então a administração da Feena passou a alertar os frequentadores para que evitem as áreas onde esses animais costumam circular. A Floresta abriga pelo menos outras 10 capivaras, que também tiveram amostras de sangue coletadas.
Edson Montilha, gerente regional da Fundação Florestal, declarou à imprensa que a febre maculosa é transmitida por meio da picada do carrapato estrela contaminado com a bactéria. Ele disse também que o número de capivaras no local é pequeno e não há população significativa de carrapatos, que sempre existiram no parque.
A reportagem do JC solicitou mais informações à assessoria de imprensa da Feena na capital paulista, mas até o fechamento da edição impressa desta sexta-feira (17) não tinha recebido nenhum retorno. A Prefeitura Municipal de Rio Claro já havia emitido um comunicado aos alunos da rede de ensino, informando sobre o risco de febre maculosa na Floresta. O tempo seco propicia a proliferação dos carrapatos, que são os agentes transmissores da doença.
“Existe uma área na Floresta Estadual em que capivaras circulam livremente, por isso o alerta preventivo para se evitar o local, a fim de que não haja qualquer incidente, inclusive com crianças. Animais como bois, cães e capivaras são alguns dos hospedeiros do carrapato e há muito tempo essa doença não é registrada em humanos no município”, assegura a nota oficial da administração pública, distribuída a todos os veículos de comunicação.
A orientação das autoridades é para que o público respeite às orientações e evite contato direto com os animais. Placas alertando sobre os perigos da doença estão espalhadas em vários pontos da Floresta.