Wagner Gonçalves
Nesta segunda-feira (06), categoria dos bancários promovem uma assembleia, a partir das 9h, para discutir o que foi proposto pela FENABAN em relação aos reajustes e metas de melhorias. A previsão é de que a greve permaneça durante o dia.
De acordo com a Diretora dos Sindicatos dos Bancários, Silvana Anaruma, a incerteza sobre a retomada das atividades se dá devido aos itens que foram abordados e, principalmente, os que não foram relacionados pela Federação. “Apesar do reajuste do piso e do salário serem significativos, ainda há outros pontos que precisam ser revistos”, disse Silvana mencionando as condições de trabalho.
Dentre esses pontos, ela destaca que, dada as demissões de funcionários os que permanecem trabalham mais do que o previsto para suprir as demandas. “As metas de vendas, por exemplo, são abusivas e não basta apenas alcançar o que foi estipulado, mas, sim, exceder aos 100%”, destacou.
Conforme Silvana, a aprovação se dará a partir da decisão da maioria dos bancáros e, por isso, ela levará a proposta de que se aguarde até terça-feira para a aprovação das propostas.
Conforme publicado no site oficial do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, a presidente do Sindicato, Juvandia Moreira recomenda que haja “a aprovação da proposta que contém aumento real para os salários – é o maior ganho real não escalonado desde 1995 –, valorização do piso, da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição”.
A negociação
Conforme o Sindicato, a Fenaban apresentou índice de reajuste para salários, PLR, vale-alimentação e auxílios de 8,5% (aumento real de 2,02%). Para o piso, 9% (ganho real de 2,5%). A proposta para o vale-refeição é de reajuste de 12,2%, o que significa 5,5% de aumento real, elevando o valor dos atuais R$ 23,18 para R$ 26 ao dia. O vale-alimentação passaria de R$ 397,36 ao mês para R$ 431,16, mesmo valor da 13ª cesta. VR e VA somados passam a R$ 1.003,16. Todos os valores têm de ser pagos retroativos a 1º de setembro, data base da categoria.