Agentes da Defesa Civil de Rio Claro realizam blitz a fim de diminuir incidências de incêndios no município

Agentes da Defesa Civil e profissionais que atuam na Floresta Estadual ‘Edmundo Navarro de Andrade’ realizaram a ação

Com o objetivo de instruir a população de Rio Claro a não atear fogo em mato e a não jogar lixo em terrenos, agentes da Defesa Civil de Rio Claro realizaram uma ação ontem, terça-feira (30), juntamente com profissionais da Floresta Estadual ‘Edmundo Navarro de Andrade (Feena)’.

Uma blitz foi montada e motoristas e pedestres alvos de uma conversa esclarecedora sobre os riscos de incêndios: “Além de conscientizarmos que se trata de um crime ambiental pontuamos o quanto esses incêndios são prejudiciais à saúde. Aproveitamos para reforçar que o município tem locais corretos de descarte de materiais como os ecopontos e serviços de cata-bagulho. Somente neste ano a Defesa Civil atendeu a 34 chamados de incêndios em vários pontos da cidade. O número é o dobro do mesmo período do ano passado onde registramos 17 atendimentos”, afirmou Niuro Ribeiro que é chefe de divisão da Defesa Civil de Rio Claro.

Uma das áreas de maior incidência de incêndios tem sido a Feena. No ano de 2024 já aconteceram 18 ocorrências de incêndio em área da Floresta que atingiram 72,8 hectares. Além disso, foram registradas 25 ocorrências de inícios de incêndio a partir de fogo ateado em descartes irregulares de resíduos sólidos, ou seja, lixo descartado incorretamente em área da Floresta. Ao longo de todo o ano de 2023 foram 12 ocorrências de incêndios, totalizando 17,7 hectares queimados (número bem inferior ao registrado neste ano em sete meses).

Quanto à natureza das ocorrências e segundo a administração da Feena, tudo indica que 99% dos incêndios ocorridos são ligados a ação humana – essa evidência se fortalece, pois grande parte dos focos ocorre em áreas onde os limites da Floresta interagem com os limites do município, ou seja, com bairros residenciais.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), os incêndios florestais figuram entre as mais sérias ameaças à biodiversidade, sobretudo quando afetam ecossistemas que não são adaptados ao fogo, provocando degradação da vegetação nativa, morte de animais silvestres, diminuição da fertilidade do solo, além de propiciarem redução da qualidade e quantidade de recursos hídricos. Estes eventos são considerados importantes fontes de emissões de gases de efeito estufa (GEE) acentuando o fenômeno das mudanças climáticas. O fogo também agrava a poluição do ar e pode afetar a saúde da população.