MATHEUS MOREIRA E THIAGO RESENDE
SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) –
O Brasil ultrapassou neste domingo (5) a marca de 1,6 milhão de casos confirmados do novo coronavírus. Foram 26.652 novos casos foram computados nas últimas 24 hor, atingido 1.604.585 de pessoas infectadas. O país acumula 64.900 vítimas após novas 535 mortes.
Os dados foram compilados por um consórcio entre Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL. Os veículos de imprensa se reuniram para informar números sobre o novo coronavírus, que são coletados diariamente com as secretarias estaduais de Saúde. O balanço das informações é fechado sempre às 20h.
A iniciativa do consórcio de veículos de compilar e divulgar os dados sobre Covid-19 é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins, retirou informações do ar, deixou de divulgar totais de casos e mortes e divulgou informações conflitantes.
A marca de 1,6 milhão de casos foi alcançada um dia após o Brasil registrar seu sábado mais letal desde o início da pandemia, com 1.111 mortes -o terceiro sábado consecutivo com recorde de mortes.
São Paulo se mantém como o estado mais afetado pelo novo coronavírus com um total de 320.179 casos confirmados e 16.078 mortes.
Neste domingo, no entanto, a região Nordeste foi a que mais registrou mortes, 207 das 535. A Bahia foi o estado com mais óbitos na região (57), seguido pelo Maranhão (34).
Os dados podem estar subnotificados devido a ausência de novo dados do estado de Goiás, que apesar de atualizar o sistema manteve o registro de mortes e pessoas infectadas deste sábado (4). De acordo com a Secretaria de Saúde de Goiás o estado não teria registrado notificações neste domingo.
O Brasil tem uma média de 30 mortos por 100 mil habitantes durante a pandemia. O índice é menor que o dos Reino Unido (66), EUA (39) e Itália (67), por exemplo, mas excede o de países com mais sucesso no controle da doença, como Alemanha (11) e a vizinha Argentina (3).
No próximo dia 15 de julho, o Brasil completará três meses sem um ministro da saúde efetivo. Segue no cargo interinamente o general do exército Eduardo Pazuello. Luiz Henrique Mandetta foi o primeiro ministro a deixar a pasta após uma série de embates com o presidente Jair Bolsonaro. Ele foi demitido no dia 16 de abril por defender a ciência como parâmetro para tomada de decisões e o isolamento social.
Já o seu sucessor, o oncologista Nelson Teich, pediu para sair do cargo após receber do presidente um ultimato para ampliar o uso da cloroquina contra o coronavírus. O remédio não demonstra ter efeito positivo contra a doença, segundo a literatura científica. Teich deixou o governo a dois dias de completar um mês como ministro, no dia 15 de maio.
Neste domingo, o Ministério da Saúde divulgou seus dados sobre a infecção no Brasil com o a Covid-1. Segundo o governo federal, foram 26.051 novos casos e 602 novas mortes confirmadas pela Covid-19 no Brasil neste domingo (5). O total já chega a 64.867 mortes e 1.603.055 casos pelo novo coronavírus.
Entre os estados, São Paulo ainda soma o maior número total de registros -são 320.179 casos e 16.078 mortes. Em seguida na lista, aparecem os estados do Ceará, Rio de Janeiro e Pará.
Os dados mostram ainda que há 906.286 pessoas recuperadas da doença e 631.902 estão em acompanhamento.