Sidney Navas
Em época de chuva constante, como no verão, os buracos parecem aumentar numa velocidade assustadora, isso sem contar com o surgimento de outras crateras a cada novo temporal. A população se queixa e o JC recebe diariamente diversas reclamações, por meio do WhatsApp da Redação: (19) 99942-4100.
O vigilante Geraldo Angelo conta que sofreu um acidente semana passada, ao passar com sua moto pela Rua 9 no Guanabara. “Chovia forte e acabei caindo dentro da vala. Eu acho que os consertos demoram a ser feitos e a situação só piora com tamanha morosidade”, comenta.
Já a Prefeitura Municipal, por meio de sua assessoria de imprensa, rebate as críticas e garante que concentra esforços para minimizar os transtornos e fechar todos os buracos da cidade em tempo hábil. As autoridades dizem que desde o mês passado os serviços de ‘tapa-buracos’ contam agora com mais uma equipe e que, em razão da instabilidade climática, os operários estão sem nenhuma condição de trabalho.
A prefeitura lembra ainda que, quando chove à noite, o solo molhado impossibilita o serviço no dia seguinte. “O tapa-buracos deve ser feito de preferência com o asfalto seco, para que a massa utilizada tenha maior durabilidade. Em épocas de fortes chuvas, os trabalhos têm um ritmo diferente, com prioridade aos casos emergenciais, que representam maior perigo para o tráfego”, garante o Poder Público por meio de nota oficial.
Padrão nacional
O engenheiro e ex-secretário de Obras, Ivan Domênico, lembra que Rio Claro, a exemplo do que acontece em outros 99% dos municípios brasileiros, adota sempre o mesmo procedimento. “Aqui, como em outras cidades, a prefeitura fecha os buracos por meio do processo conhecido como ‘Concreto Betuminoso Usinado a Quente’, também identificado pela sigla CBUQ. Essa intervenção é comum, sendo a melhor técnica, já que se trata de um tipo de massa asfáltica apropriada para esses fins, com alta durabilidade”, completa Ivan Domênico.
Ainda segundo ele, outro método utilizado desde 2009 no município é o ‘Solo Cimento’, que não permite que a água chegue ao subleito, porém isso só é feito quando a pavimentação se dá pela primeira vez e que ao menos 10% das ruas e avenidas receberam esse tipo de pavimentação, que pode durar em média até 20 anos.