Sidney Navas
Eles são fiéis, ágeis e extremamente competentes no desempenho de suas funções. Os cães farejadores do Canil da Polícia Militar de Rio Claro, a exemplo do que acontece em todo o Estado, são usados nas mais variadas missões, como por exemplo, na localização de substâncias de entorpecentes escondidas em terrenos baldios ou dentro das casas, no controle de distúrbios sociais e até mesmo em atividades voltadas para crianças com limitações físicas e mentais entre tantas outras.
O Canil da PM do Estado de SP foi criado em setembro de 1950. Outros vinte e três canis setoriais espalhados pelas cidades paulistas, abriga um plantel (que é o conjunto de animais selecionados) com aproximadamente 385 cães sempre bem treinados e alimentados. O Canil Setorial de Rio Claro está em operação desde maio de 2000, reunindo onze animais das raças Rottweiler, Pastor Belga Malinois e Pastor Alemão.
De acordo o comandante do Canil, o sargento Marcelo Renato da Silva, cada um deles tem seu adestrador e o respectivo condutor. Em geral o primeiro ano de vida é apenas para treinamento básico. “Até a sua especialização pode transcorrer mais de um ano, pois cada cão tem mais desenvoltura com determinados tipos de serviços. Ás vezes um cão é excelente para faro de drogas, mais inapto para a função de policiamento ou choque, ou vice versa e alguns podem ser treinados para mais de uma função”, explica o sargento.
Por natureza, os caninos tem olfato extremamente apurado podendo achar drogas nas situações mais complicadas, escondidas sobre copa de árvores, enterradas no solo, no meio dos entulhos, lixo e até sobras de comida. Nada escapa do seu faro apurado.
Durante as operações da PM, os traficantes ao perceberem que os policiais estão acompanhados de um cachorro farejador sabem que certamente serão presos já que o animal consegue realizar varreduras em grandes áreas e achar a droga escondida em questão de segundo. Não importa onde o esconderijo foi montado. Os planos dos criminosos são frustrados toda vez que os cães farejadores entram em ação e muitos deles já foram presos. Eles vivem em média 12 anos e são adquiridos por meios de compras ou doações. Depois de oito anos em plena atividade o cachorro é merecidamente aposentado.
Existe uma legislação interna que regulamenta o procedimento para a sua inatividade. Via de regra, os cães são adotados por policiais do canil que com o passar do tempo criam laços afetivos.