Antonio Archangelo
Em nota, por meio de sua assessoria de imprensa, a Câmara Municipal informou à imprensa nessa segunda (22) que acatou “integralmente a decisão judicial” para afastar o chefe de gabinete e presidente do PRP de Rio Claro, André Miranda. “O que inclui o afastamento do servidor comissionado das suas funções com prejuízo financeiro”, citou.
A portaria interna, que não teve número divulgado, refere-se a decisão liminar, já que “o advogado é acusado pelo Ministério Público em duas ações propostas à Justiça, uma na esfera civil – por improbidade; e outra na esfera criminal – por estelionato”.
Na esfera criminal, a ação penal – corre sob sigilo de Justiça – proibiu Miranda de ingressar nas dependências da Câmara Municipal de Rio Claro, bem como de manter contato, por quaisquer meios de comunicação, com a vítima e suas irmãs, sob pena de ser decretada sua prisão preventiva. A decisão liminar do dia 11 de fevereiro foi assinada pelo juiz da 3ª Vara Criminal, Sérgio Lazzareschi de Mesquita.
Na esfera civil, o juiz da Vara da Fazenda Pública, André Antônio da Silveira Alcântara, deferiu liminar para suspender uma procuração que dava poderes a André Miranda sobre Calixto, além de bloquear os bens imóveis do advogado até o limite de R$ 100 mil. As inúmeras denúncias contra vereadores e comissionados do legislativo têm levado um grupo reduzido de pessoas a protestar nas sessões.
Manifestantes criticaram vereadores
Na sessão dessa segunda-feira (22), com direito a sirene policial e xingamentos, os populares criticaram a atuação da atual legislatura. Sobretudo, o vereador Agnelo (PT), Dalberto (PDT) e Maria do Carmo (PMDB) – responsável pelo ato de reforma do legislativo que é alvo de investigação do Ministério Público; Paulo Guedes (PSDB) acusado pela promotoria de obrigar assessora a entregar parte de seus salários; Raquel Picelli e membros do PT de concussão; e Calixto de ser “vítima” do presidente de seu partido.
“O seu prefeito governou da cadeia”, gritou Dalberto, fora de si, apontando para um dos manifestantes Rogério Soares Cunha. Aos gritos, os dois bateram boca. No final da noite, o manifestante enviou uma nota dizendo que “nunca fui filiado a nenhum partido político, não sou político e como cidadão sempre defendi as causas populares. Então é uma grande mentira o que o ‘nobre’ Dalberto vomitou no microfone sobre minha pessoa. Ele ficou destemperado e perdeu a compostura, porque questionei que a investigação do Ministério Público faz em cima do seu trabalho na mesa diretora da Câmara vai manchar seu currículo político, que já não é lá essas coisas (…). Essa investigação do MP deve estar tirando o sono dos nobres vereadores”, citou o manifestantes que empunhava um cartaz criticando os vereadores.
Em relação aos quatro projetos na Ordem do Dia, dois foram votados e aprovados; o 094 – que homenageia o padre Maurício – contou com voto de Calixto. Ele tinha votado contra na sessão anterior; e o 010/2016 – que considera de utilidade pública a Associação Desportiva Beneficente Crescer no Esporte.