A Câmara Municipal cobrou da Prefeitura por ações e obras contra enchentes em Rio Claro durante a sessão ordinária dessa segunda-feira (13). No último fim de semana, a cidade foi assolada com uma forte tempestade que gerou prejuízos e problemas a centenas de moradores. A possibilidade de se acionar o Ministério Público foi cogitada, inclusive. Antes da sessão, o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) chegou a se reunir com vereadores para falar sobre planejamentos necessários para reparar os danos.
Segundo afirmou o vereador Paulo Guedes (PSDB), estima-se um gasto entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para resolver os problemas pelo município todo.
O parlamentar defendeu uma mega obra de desassoreamento no Lago Azul para se comportar cerca de trinta milhões de metros cúbicos de água, o que faria com que fossem amenizadas as enchentes na Avenida Visconde do Rio Claro. Os vereadores Rafael Andreeta, Irander Augusto e Rodrigo Guedes também fizeram citações aos problemas. Andreeta pediu ações voltadas a moradores do Nova Rio Claro.
A vereadora Carol Gomes (Cidadania) afirmou que pretende acionar a Promotoria de Justiça, do Ministério Público, contra o vice-prefeito e secretário de Segurança, Rogério Guedes (PL), por suposta negligência junto à Defesa Civil. De acordo com ela, uma comissão de prevenção às enchentes era para ter sido formada em janeiro, após outro temporal, mas o grupo não teria sido formalizado até o momento.
O vereador Alessandro Almeida (Podemos) cobrou do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) que execute ações e dê atenção aos problemas constantes de falta de abastecimento de água, como ocorreu nesse fim de semana. Também citou a necessidade de se agilizar a obra para construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) em substituição à existente no Cidade Nova. O colega Serginho Carnevale (União Brasil) endossou a cobrança e teve requerimento sobre esse teor aprovado durante a sessão. Hernani Leonhardt (MDB) criticou o superintendente da autarquia, Sérgio Ferreira, que está em período de férias.
Decreto
Na noite de ontem, o prefeito Gustavo assinou e publicou documento em que decreta situação de emergência em Rio Claro por 180 dias. Na prática, a modalidade autoriza a Prefeitura a dispensar licitações para a contratação de novas obras que possam ser concluídas no prazo máximo de um ano, contado da data de ocorrência da emergência. Ainda, permite ao município demais ações de socorro pelos bairros.