Na Praça da Boa Morte, “acampamento” montado por pessoa em situação de rua foi registrado por vizinho da região

Na Praça da Boa Morte, “acampamento” montado por pessoa em situação de rua foi registrado por vizinho da região

Vereadores querem abordagem às pessoas em situação de rua para diferenciar quem é sociovulnerável e quem está cometendo furtos pelos comércios de Rio Claro

Após reportagem do Jornal Cidade que revelou que a população em situação de rua em Rio Claro aumentou de 110 para 380 pessoas em quase dois anos, a Câmara Municipal cobrou por abordagem dos mesmos para diferenciar quem é do perfil sociovulnerável ou quem está nas ruas somente para cometer crimes e causar problemas com os demais munícipes. O vereador Val Demarchi (PL) se pronunciou na sessão da última segunda-feira (10) sobre o tema.

“Rio Claro precisa fazer um levantamento das ocorrências de pequenos furtos e furtos em residências, comércios, por que os moradores de rua, muitos não tem condição de vândalo, mas infelizmente alguns vem para a cidade e não são daqui. Todos nós temos acompanhado, estão entrando em comércios. Está na cara que são pessoas que fazem isso para trocar por droga. A gente pede um envolvimento do Poder Executivo, da Secretaria do Desenvolvimento Social juntamente com a Secretaria de Segurança e que faça uma ação e abordem esses cidadãos”, afirmou.

Segundo Val, este tipo de iniciativa está acontecendo em cidades da região, como em Limeira. “Abordar e perguntar ‘de onde você é?’ e “ah, não sou de Rio Claro”, então mostrar que o poder público tem este instrumento, tem comida, moradia, dá para tomar banho, dá para você entrar na capacitação, damos oportunidade para aprender a mão de obra. Comecem a fazer essa abordagem nessas pessoas, entre elas existem delinquentes que estão arrombando e entrando no comércio de Rio Claro. O cidadão que paga imposto merece essa atenção”, acrescentou o parlamentar.

O vereador Sivaldo Faísca (PL) diz ter recebido denúncias de que veículos tipo Perua ou vans trazem pessoas em situação de rua para serem “despejados” em Rio Claro e que “andarilhos estão invadindo a praça [Jardim Público]”. Elias Custódio (PSD) também apoiou a iniciativa de abordagens e afirmou que “a nossa cidade está com muitas pessoas em situação de rua. Nós vimos algumas movimentações das secretarias e quero pedir que aos secretários de Desenvolvimento Social, Segurança e Saúde pois precisamos de uma força-tarefa de todos os setores para que essa situação diminua e pare de acontecer”, concluiu.

Conforme reportagem do JC em janeiro, a Prefeitura de Rio Claro instituiu um novo comitê que vai integrar os servidores municipais para a efetivação do acompanhamento do trabalho voltado para as pessoas em situação de rua no município. Decreto assinado pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) instituiu o comitê intersetorial de acompanhamento e monitoramento do trabalho contemplando representantes dos órgãos municipais da Assistência Social, Saúde, Serviços Públicos e Segurança e Defesa Civil.

Até julho de 2023 eram cerca de 110 pessoas nesta condição, segundo informações da Prefeitura na época. Pelo último levantamento de dezembro de 2024, o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) mapeou 380 pessoas em situação de rua. Esse número abrange pessoas que estão em Rio Claro, como pessoas que apenas passaram pela cidade.

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