Matheus Pezzotti
A seleção brasileira de tênis de mesa encerrou, na última quinta-feira (13), sua participação histórica nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, com mais três medalhas de ouro e uma de prata por equipes.
O país, que derrubou os recordes de medalhas e de títulos em uma única edição, foi campeão nas Classes 3/4, 6/8 e 9/10 masculinas e vice na 4/5 feminina.
O rio-clarense Carlos Carbinatti, que já havia conquistado a medalha de ouro individual na Classe 10 e consequentemente uma vaga para as Paralimpíadas do Rio 2016, repetiu o feito, desta vez com Claudio Massad, seu adversário na final individual, e Diego Moreira (bronze na Classe 9).
Para chegar à final contra os Estados Unidos, a equipe venceu o México na semifinal após perderem nas duplas, demonstrando força no individual, fechando em 2 a 1. Antes, superaram Colômbia e Chile, ambos por 2 a 0.
Na disputa do ouro, jogando nas duplas, Carbinatti e Massad fizeram um grande duelo contra Chui Lim Ming e Tahl Leibovitz, vencendo por 3 a 1 (11/4, 10/12, 11/7 e 12/10).
Na partida seguinte, nova vitória asseguraria o ouro para o Brasil, porém Carbinatti começou perdendo por 2 sets a 0, mas conseguiu a virada espetacularmente, derrotou Leibovitz por 3 a 2 (4/11, 8/11, 11/8, 11/9 e 11/4) e garantiu o ouro ao Brasil, fechando o confronto por 2 a 0, sem precisar que Massad jogasse o terceiro jogo.
“O resumo desses ouros é que o trabalho foi bem feito e foi bem feito para a equipe inteira. Tenho que agradecer muito ao [técnico da seleção andante] Paulo Camargo, porque ele que nos moldou para fazer parte do projeto e estar aqui, buscar o resultado e conseguir a vaga para o Rio”, destacou Carbinatti para o site oficial da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).
Ao todo, o Brasil conquistou 31 medalhas, sendo 24 individuais e sete por equipes, superando sua própria marca de 2003, quando subiu ao pódio 27 vezes. Destas, 15 foram de ouro, quatro a mais que as obtidas em Guadalajara, em 2011, e no Rio de Janeiro, em 2007, recordes que também pertenciam à seleção.
O próximo compromisso internacional da seleção será em setembro. As equipes andantes e cadeirantes participarão de um período de treinamentos em Sheffield, na Inglaterra. Em seguida, disputarão o Aberto da República Tcheca, etapa fator 20 do Circuito Mundial.
A CBTM conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.