“Para mim, o Carnaval de Rio Claro é nota oito. Faltam algumas coisas, mas vamos conseguir. Estamos no caminho certo”, disse René Neubauer

Antonio Archangelo

“Para mim, o Carnaval de Rio Claro é nota oito. Faltam algumas coisas, mas vamos conseguir. Estamos no caminho certo”, disse René Neubauer
“Para mim, o Carnaval de Rio Claro é nota oito. Faltam algumas coisas, mas vamos conseguir. Estamos no caminho certo”, disse René Neubauer

O Jornal Cidade entrevistou o novo presidente da Comissão Organizadora de Carnaval (COC), o secretário de Turismo, René Neubauer, que fez um diagnóstico do Carnaval rio-clarense para 2015.

JC – Qual a expectativa como presidente da COC e como se chegou ao seu nome como presidente?

René – Nós fazemos um rodízio, eu já fui presidente, o Vagner já foi, o Zé Renato já foi dois anos, ano que vem alguém pode ser o novo presidente. Estamos revezando. O Carnaval é um produto turístico e a secretaria está mais ligada à realização do evento. Ele tem evoluído bastante. É um Carnaval novo, competitivo. Como nas grandes cidades do Brasil. Um Carnaval que absorve uma mão de obra bastante grande. E extrapolou as fronteiras da cidade. O que tem de turista que vem para conhecer o Carnaval da cidade não é brincadeira.

Geralmente esta comissão é ocupada por secretários. Trabalhamos com várias secretarias. E cada uma tem sua responsabilidade.

JC – Este ano, o Carnaval – custeado com verba pública – será prejudicado pela crise financeira da prefeitura?

René – Desde o ano passado temos pensados nisso. Diminuímos bastante os eventos em 2014 e até o Carnaval também sofrerá corte nos eventos. Por isso optamos que este ano ele será concentrado no Jardim Publico e nos desfiles das escolas de samba. As escolas estão mais profissionais e não poderíamos deixá-las sem o Carnaval.

JC – Ainda sobre esta questão da dependência de recursos públicos, o que precisa ser feito para o desfile não depender da prefeitura?

René – Montamos a Liga das Escolas de Samba com esta intenção lá no primeiro mandato e ela está caminhando para que independa de verba pública. Eles têm que montar os departamentos da UESCA para captar recursos. Quando o Carnaval for para o centro da avenida e tiver arquibancada dos dois lados, alguém vai lucrar com o Carnaval. A ideia é que eles assumam a festa. Cabe lembrar que, por crise financeira, o evento já aconteceu de ser cortado na cidade com o Azil Brochini e com o Cláudio Di Mauro, e eles (das escolas de samba) estão cientes disso, serviu para uma reflexão e saíram fortalecidos. Só depende deles mesmos para se libertarem da prefeitura.

JC – Como você avalia as escolas que ainda esperam por recursos da prefeitura?

René – Eles já estão mais espertos. Até a Uva, que é a mais novinha, está buscando recursos. Eles já estão se tocando em relação a isso. Passo a passo estão caminhando para serem donos do Carnaval. Se eles não se tocarem, vai aparecer algum grupo e tocar. Este Carnaval de Rio Claro vai ser difícil de acabar, independente do prefeito, se ele não fizer, a Uesca acabará fazendo.

JC – Qual o desafio de se levar o Carnaval com esta crise financeira?

René – Nós estamos respeitando o trabalho que as escolas fazem todos os anos. O Carnaval vai acontecer, e as arquibancadas estarão lotadas. Inclusive não vai ter Carnaval na região, e vai haver muitas pessoas que virão para Rio Claro acompanhar os desfiles aqui. Nosso carnaval é um carnaval exemplo, modelo.

JC – Sobre os repasses às escolas, como acontecerá?

René – Será como no ano passado. A partir do dia 17, será repassada a primeira parcela. É a mesma do ano passado e eles já estão sabendo disso. Antes de mais nada, o prefeito vai cumprir a responsabilidade com os funcionários. Serão três parcelas, duas antes e uma após a prestação de contas. Os blocos também receberão o mesmo do ano passado. Serão dois blocos apenas: Império e Gavião. Cortamos o carro da terceira idade e teremos um carro bem simplificado do Rei Momo. O Carnaval deste ano vai dar chances aos clubes, já que vai acabar mais cedo.

JC – Em relação aos imprevistos do ano passado, quais as lições para este ano?

René – Este ano estamos pensando no para-raio que o Corpo de Bombeiros já exigiu. Estamos pensando neste sentido. Este ano iremos seguir o cronograma, vai ser compacto. Os postes serão de alvenaria para evitar choques.

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