Lucas Calore
O sentimento, agora, é de tranquilidade. Ao passar pela Avenida Visconde do Rio Claro com a Avenida 18, no último sábado (2), na garupa de uma moto, um jovem de 16 anos teve a testa cortada profundamente por uma linha de pipa com cerol. Ele estava de capacete, mas a viseira estava aberta.
“Ele levou nove pontos, segundo o médico chegou a alcançar o osso. Ele está bem, graças a Deus, mas um pouco traumatizado, não dormiu nas duas primeiras noites. Se o que aconteceu com ele puder salvar a vida de outras pessoas, então que seja válido”, desabafa Sandra Damacena, mãe do garoto, ao JC.
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O Resgate do Corpo de Bombeiros foi acionado e o levou para a UPA. Após os pontos, foi medicado e ficou em observação por cerca de três horas, segundo a Fundação de Saúde.
“Meu filho vai levar a cicatriz pelo resto da vida. Foi muita sorte, porque, se fosse no pescoço, não teria tempo de salvá-lo. Uma cicatriz não é nada comparada com a vida dele, se a gente puder ajudar outras pessoas com isso, fica pelo menos o aprendizado”, finaliza a mãe.
Proibição
Vale lembrar que existem duas leis no estado que disciplinam o uso e a venda do cerol. A Lei estadual nº 12.192/2006 proíbe o uso de cerol ou qualquer produto semelhante em linhas de papagaios ou pipas. A lei determina, além de multa, que, “quando o infrator for menor, os pais serão, para todos os efeitos, os responsáveis” pela infração. Já a Lei estadual nº 10.017/1998 proíbe a fabricação e a venda do cerol em todo o estado. A punição varia de advertência, multa a até o fechamento do estabelecimento.