Da Redação
Os consumidores de Rio Claro já começaram a receber as contas de energia elétrica com o reajuste que entrou em vigor no dia 27 de agosto. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou aumento de 35,77% para clientes residenciais e 40,79% para clientes comerciais. O aumento médio é de 37,78%.
Dona Armelina da Silva já recebeu a conta de outubro com o reajuste. A conta de setembro paga no início deste mês custou R$ 136,33, valor que ela já considerava alto. Agora, a fatura de outubro chegou com valor de R$ 169,20, diferença de R$ 32,87 ou 24,11%. Ela acredita que a conta vai subir ainda mais, se considerar o índice de alta e o percentual de aumento autorizado. “O jeito é tentar reduzir o consumo para pagar menos”, comenta.
A Aneel aprovou o reajuste em reunião no dia 19 de agosto. De acordo com a agência, “o item que mais impactou o reajuste da Elektro foi o aumento dos custos que a empresa teve com compra de energia. Também refletiram no reajuste os custos com transporte de energia e pagamento de encargos setoriais”.
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A Aneel explica que calcula o reajuste com base na variação de custos que a concessionária teve no ano. “O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais”, informa.
A Elektro explica que o reajuste foi autorizado para todas as cidades atendidas por ela. “O reajuste é um repasse anual à conta de luz dos gastos com a compra de energia elétrica, que neste período foi mais cara pela falta de chuvas”, disse.
Segundo a empresa, com a estiagem histórica que o país enfrenta, “a energia consumida pelos clientes teve que ser produzida por usinas termelétricas, que têm preços maiores, o que provocou o aumento nas tarifas de energia”. Vale lembrar que, em março deste ano, os rio-clarenses tiveram aumento de 11,31% nas contas de água. O reajuste foi aprovado pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento (ARES-PCJ). No mês de julho, os pedágios também subiram, em média, 5,29%.