Antonio Archangelo
O clima eleitoral do segundo turno entre Dilma (PT) e Aécio Neves (PSDB) promoveu uma mudança no comportamento dos vereadores de Rio Claro. Na sessão ordinária dessa segunda-feira, 13 de outubro, o tom de discurso entre Paulo Guedes (PSDB) e o presidente da Câmara, Agnelo Matos (PT), se elevou, levando os parlamentares a trocarem farpas em plenário, pela primeira vez nesta atual legislatura.
Em seu pronunciamento, ao defender requerimento, Agnelo Matos criticou o uso eleitoral de promessas para angariar votos em Rio Claro. No caso em questão, o petista se referia à pavimentação da Estrada da Jacutinga, que, de acordo com o parlamentar, foi motivo de promessas na campanha de 2006, em 2010, e agora em 2014. “Agora parece que vai sair, já que tem R$ 4,7 milhões empenhados e, para estarem empenhados, tem que ter o valor depositado na conta da prefeitura, já que esta verba passará pela prefeitura”, disse o petista.
Em resposta e justificando voto contrário ao requerimento, Paulo Guedes (PSDB) disse: “Não podemos confundir a cabeça do rio-clarense pela falta de conhecimento do senhor. Infelizmente, os R$ 4,5 milhões não passarão pelas mãos da prefeitura, a obra será executada pelo próprio DER. Por isso voto contra o seu requerimento. Não tem por que aprovar este requerimento”, resmungou. Agnelo ainda retrucou a fala, pedindo mais ética ao ex-aliado.
Na Ordem do Dia, os sete projetos, um em segunda e seis em primeira discussão, foram aprovados, após extenso bloco de discursos e falas com enfoque eleitoral, em sua maioria. A ideia da oposição, com a mudança de postura de Paulo Guedes, é criar bloco de oposição com os vereadores Juninho e Geraldo, do DEM, Calixto do PRP, e Paulo Guedes, do PSDB, visando inclusive a presidência da Casa para o próximo biênio, que receberá influência do resultado do segundo turno, marcado para o dia 26.