Ednéia Silva

(Foto: Arquivo JC)
Segundo a Elektro, os locais de maior ocorrência são rotatórias, áreas próximas a grandes eventos, etc. (Foto: Arquivo JC)

A imprudência no trânsito pode resultar em acidentes que geram prejuízos financeiros a quem depende de eletricidade. O número de colisões de veículos com postes de iluminação aumenta a cada ano. De janeiro a abril deste ano foram 28 batidas contra 67 no ano passado.

O levantamento foi feito pela Elektro, concessionária responsável pelo abastecimento de energia na cidade. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, os 28 acidentes afetaram 493 consumidores. Em 2013, foram registrados 67 eventos, que atingiram 19.153 clientes. No ano anterior, 7.697 pessoas foram afetadas nas 58 ocorrências registradas.

Segundo a Elektro, os locais de maior ocorrência são rotatórias, áreas próximas a grandes eventos (festa de peão, desfiles de carnaval), onde há consumo de bebia alcoólica, vias expressas com limites de velocidade maiores, rodovias com curvas acentuadas, etc.

O supervisor de Distribuição da Elektro, Rodrigo de Oliveira Vail, comenta que as 28 colisões ocorridas neste ano geraram prejuízo de cerca de R$ 100 mil. Em 2013, foram mais de R$ 200 mil em prejuízos. O custo aproximado para retirada e implantação de um poste com estrutura simples é de R$ 1.500,00 cada. Vail explica que tudo que encarece o trabalho, mão de obra e material, é lançado como despesa e em algum momento terá impacto para o consumidor.

Ele observa que cabe à empresa ressarcir os prejuízos, independente de ser ou não a causadora do problema. Em caso de colisões com veículos, quase sempre o motorista causador do dano foge. Se ele for identificado, tem que arcar com o custo dos reparos e a cobrança pode ser feita até mesmo em Juízo.

O supervisor lembra que, fora os prejuízos da empresa, têm também as pessoas atingidas pela falta de energia, além de indústria e comércio. Isso sem contar que equipes precisam ser deslocadas para resolver o problema, quando poderiam estar fazendo outros serviços.

Rodrigo Vail esclarece que a empresa tem 14 dias úteis para fazer reparos em postes segundo a regulamentação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O tempo varia conforme a gravidade do caso. Segundo ele, quando um poste caído/danificado é identificado, é feita uma análise técnica para verificar a gravidade. Se há risco à segurança, o reparo ou substituição é feito na hora. Se não houver risco, o conserto é programado.

O supervisor explica que o reparo de emergência tem custo mais elevado que o conserto programado. Isso porque é feito na hora, muitas vezes sem a preparação necessária. No programado, é possível se preparar material e equipe e solicitar o apoio da polícia e do setor de trânsito, quando necessário. O tempo despendido também é maior: de quatro a oito horas no reparo de emergência e de cerca de uma hora no programado. Além disso, a programação permite à empresa avisar os clientes sobre possíves desligamentos da rede de energia, para que eles possam se preparar.

A empresa destaca que, “mesmo com um aumento na quantidade desse tipo de evento, em comparação a 2012, a Elektro tem atuado cada vez mais rápido para resolver o problema, e tem conseguido reduzir a duração média das interrupções em praticamente metade do tempo praticado em 2012”.

O supervisor orienta a população a informar à Elektro sempre que se deparar com um poste danificado. Se não houver comunicação, o dano será constatado somente nas inspeções de rotina. As ocorrências podem ser informadas pelo telefone 0800-701-0102. A ligação é gratuita.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Dia a Dia:

Férias: Procon-SP alerta sobre compra de pacotes de viagem

Igreja Messiânica celebra 40 anos da sede no Santa Cruz