Wagner Gonçalves
Foi surpresa para distribuidoras e consumidores o aumento no valor do botijão de gás, que entrou em vigor no último dia 1º de setembro. Anunciado pela Petrobras, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), comumente utilizado em cozinhas das casas, sofreu o primeiro reajuste desde 2002. Conforme o que fora anunciado na ocasião, o preço sofreria 15% de correção, por parte das refinarias.
No entanto, o botijão ficaria ainda mais caro visto que este é um período em que há outros reajustes, levando-se em conta que no mês de setembro, por exemplo, as distribuidoras elevam o custo do produto entre 8% e 10%, devido às convenções de aumentos salariais. Em Rio Claro, os preços de botijões de gás tem média que varia entre 55 e 65 reais, conforme apurou o Jornal Cidade.
O preço assustou os consumidores e imediatamente foi possível perceber os efeitos de tal crescimento. De acordo com o proprietário de um depósito de gás localizado no Jardim São Paulo, Cesar José Meyer, os primeiros quatro dias depois de anunciada a determinação da Petrobras foram de movimento elevado em seu ponto comercial. No entanto, a busca pelo meno preço preocupa o empresário, que destaca a importância de verificar a procedência do distribuidor.
“Em nosso município a informalidade tem crescido muito, e existem muitos os que vendem nas ruas a preços mais baixos, mas nem sempre um botijão de boa qualidade”, alerta Meyer. Ele comenta que na maioria desses casos, os distribuidores clandestinos não embutem determinados tributos, por trabalharem na ilegalidade ou comercializam sem os devidos itens para segurança, seja nos veículos sem identificação de produto inflamável, ou botijões alterados, sem o volume correto de GLP. “Este é um tipo de pirataria e coloca em risco a população, por se tratar de material que pode causar explosão”, destacou.
Greve dos petroleiros
Conforme anunciado, também, desde o primeiro dia de setembro, a greve dos petroleiros se iniciaram na última quinta-feira (24), com a justificativa de impedir a execução do Programa de Desinvestimentos previsto no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, conforme divulgou a Agência Brasil, e desta forma evitar a venda de 60 bilhões de dólares ativos, que significaria a privatização da empresa.