A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro instituiu neste mês de agosto a Comissão Intersetorial de Atenção aos Acumuladores, composta por oito servidores, considerando a necessidade de implementar, mobilizar, monitorar, acompanhar e avaliar os casos de pessoas que sofrem com esse transtorno no município.

A ação intersetorial com acumuladores já é realizada em Rio Claro. Neste ano foram realizadas intervenções que incluíram a retirada de materiais em duas residências de acumuladores e novas ações do tipo estão programadas. A instituição da comissão reforça este trabalho que vem sendo realizado constantemente e que é tão importante para a saúde pública.

Caracterizado pelo acúmulo compulsivo de posses, este transtorno faz com que pessoas desordenadamente encham as suas moradias com objetos. Na maioria dos casos, o ambiente se torna insalubre devido à quantidade de artefatos e à natureza dos mesmos.

Os sintomas resultam em sofrimento significativo ou prejuízo significativo em áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento.

Quem sofre com a situação também são os vizinhos, que acabam, mesmo sem querer, expostos a riscos sanitários. O acúmulo de objetos e lixo gera uma combinação perfeita para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, além de ratos, baratas e escorpiões. Denúncias de acumuladores ou descarte incorreto de materiais devem ser registradas na Ouvidoria Municipal, pelo telefone 3526-7105.

Acumular é diferente de colecionar

Quando alguém se dedica a montar uma coleção, o faz por prazer e de modo organizado. As suas possem recebem o máximo de cuidado possível.

Já quem possui o transtorno acumulativo compulsivo (outro termo utilizado para esta condição) não cuida bem de suas posses. Além disso, não consegue se desfazer de itens acumulados, mesmo que não tenham valor emocional ou utilidade.