As fortes chuvas que atingiram Rio Claro este mês voltaram a causar transbordamento no Parque Municipal Lago Azul após anos. Além de alagar as ruas ao redor do parque no último dia 9, a água chegou ao Centro Cultural “Roberto Palmari” e atingiu o Teatro “Profª Felícia Alem Alam”. A água fez com que todo o palco e várias fileiras dos assentos ficassem submersos no local. A prefeitura vem realizando manutenções na comporta que fica localizada na entrada principal, a fim de minimizar o risco de transbordamento. Um estudo para realizar desassoreamento no solo do Lago também está sendo feito.
“Toda galeria de água, desde o Distrito Industrial à Avenida Brasil, é canalizada e descarregada pela Avenida 40, sendo despejada aqui no Lago. Quando você tem uma chuva forte e torrencial como tivemos neste mês, a vazão é muito maior que chega aqui. É uma água de chuva, então vem do bueiro, bocas de lobo, pegando muita sujeira e lixo”, explicou Ronald Penteado, secretário municipal de Serviços Públicos.
Um dos fatores que colaboram para o transbordamento do Lago é o lixo arrastado pela água da chuva, que acaba obstruindo a comporta.
“É importante que a população tenha consciência e armazene o lixo corretamente para ser feita a coleta e para que ele não seja arrastado para as bocas de lobo e ocorra o entupimento. Todos esses fatores são importantes para ter uma comporta melhor e um lago mais limpo”, afirmou o secretário.
Um dos responsáveis pela manutenção da comporta no Lago explica o trabalho que foi realizado para que ela voltasse a funcionar da forma adequada.
“Fizemos dois dias de reparos na comporta, desbloqueando, já que ela estava bem travada. Fizemos a manutenção e trocamos algumas peças que estavam enferrujadas e não davam mais para ser utilizadas. Conseguimos baixar o nível da água, mas não podemos abrir muito a comporta, senão o Lago ficará bem baixo. Foi uma manutenção difícil, porque quando fizemos estava chovendo, mas deu tudo certo”, disse André Luiz Lima, da Tutifer Serralheria.
Um estudo está sendo realizado para que o Lago possa passar por um desassoreamento que ajudaria a conter o transbordamento.
“Está sendo feito um estudo de desassoreamento no Lago. Há 30 anos nenhuma ação foi feita, então, temos aqui teoricamente um piscinão natural, que precisa ter calha afundada para poder receber mais água da chuva para que possamos evitar nas chuvas torrenciais qualquer tipo de transtorno. Só a comporta não é suficiente para conter a quantidade de água que vem. Só para se ter noção, aqui na comporta na última chuva passou um metro e meio do limite. Então estamos trabalhando nesse projeto que necessita de recurso para junto à prefeitura fazer essas melhorias”, finalizou Ronald Penteado, secretário municipal de Serviços Públicos.
