
Coronel conhece profundamente a região de Piracicaba e chega com o compromisso de reduzir os indicadores criminais
“Uma das minhas prioridades será o combate efetivo ao crime organizado. Farei um trabalho em conjunto e os responsáveis pela violência em Rio Claro serão presos”, afirma ao Jornal Cidade
O ano de 2025 chegou com um grande desafio e novas metas para o Coronel PM Cleotheos Sabino de Souza Filho. Aos 50 anos assumiu recentemente o Comando de Policiamento do Interior 9 (CPI-9), que tem sede em Piracicaba, mas atinge uma área de 52 municípios, incluindo Rio Claro – município este que a autoridade conhece bem, onde já atuou, inclusive, na Força Tática antes de alçar novos voos na carreira. Além de sua vasta experiência operacional, o coronel possui uma sólida formação acadêmica. Em entrevista ao JC, ele falou sobre o início do trabalho, da visão que tem para combater a criminalidade e do compromisso de reduzir os indicadores criminais da região, confira.
Jornal Cidade: Antes de assumir o comando do CPI-9 o senhor teve passagens pelas regiões de Sumaré, Hortolândia e pela capital paulista. Mas antes disso trabalhou na Força Tática de Rio Claro. Profissionalmente como o senhor avalia seu crescimento e entendimento sobre a segurança pública ao longo desses anos?
Coronel: A Polícia Militar nos proporciona trabalhar em municípios com características e dificuldades diferentes, essa experiência faz com que tenhamos a capacidade de antecipar problemas e trazer novas estratégias de policiamento visando o aumento de efetividade no serviço policial.
Jornal Cidade: Ainda sobre Rio Claro, que é inclusive um município que o senhor conhece bastante. A cidade está no olho de um furacão de disputa de facções criminosas com fatos inclusive de repercussão na mídia nacional. Como mitigar essa questão?
Coronel: Uma das prioridades na região será o combate efetivo ao crime organizado, tratei pessoalmente com o Secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite sobre essa questão e estou tendo todo o apoio necessário para desarticular essas quadrilhas. Trabalharemos em conjunto com o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Polícia Federal e o setor de Inteligência da Polícia Militar para responsabilizar e prender os responsáveis pela violência na cidade de Rio Claro.
Jornal Cidade: A área de cobertura do CPI-9 abrange 52 municípios, seis batalhões territoriais, e um Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) como o senhor imagina que será administrar toda essa região?
Coronel: Tenho 32 anos de experiência na Polícia Militar, meu último comando foi a Zona Norte da Capital, experiência que me preparou para esse momento, faremos a melhor gestão de recursos humanos e materiais combinado com análise criminal profunda, atuando de forma precisa contra o crime, dando condições de trabalho dignas aos nossos policiais e provendo informações importantes aumentando a eficácia e eficiência do trabalho policial.
Jornal Cidade: Nesse contexto da segurança pública, as parcerias são importantes e relevantes?
Coronel: Sem dúvida alguma, como já dito anteriormente as parcerias com GAECO, Polícia Federal e setor de inteligência da Polícia Militar no contexto combate ao crime e parceria com as Prefeituras Municipais, Guardas Municipais, Poder Legislativo Estadual e Municipal, forças vivas da sociedade e Consegs para que com a colaboração de todos podermos melhorar a sensação de segurança das pessoas.
Jornal Cidade: É fato que a criminalidade se recicla, se aprimora, cria novos “modus operandi”. Trabalhar na segurança pública hoje em dia é um constante estudo dessas práticas?
Coronel: Sim, possuo doutorado e mestrado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública e venho ao longo dos anos acompanhando a mudança da atividade criminosa, para que possamos adaptar a estratégia de policiamento sempre ao momento atual.
Jornal Cidade: O que a população mais cobra hoje em dia é a presença policial principalmente nas periferias. Existe um déficit que precisa ser suprido?
Coronel: Dentro do meu plano de comando está a presença policial nas periferias, isso faz parte do combate ao crime organizado demonstrando que não há local em que a polícia não entre, não há local onde a polícia seja impedida de trabalhar, o território é nosso! Temos que ser exemplo para nossas crianças e adolescentes e essa interação com as periferias proporciona isso.