Antonio Archangelo

A votação do pedido de perda de mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o destaque do Plenário da Câmara Federal na segunda-feira (12), em sessão extraordinária marcada para as 19 horas.

Em visita ao JC, o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB) defendeu a cassação do peemedebista. “Ele será cassado, graças a Deus e com meu voto”, disse o tucano à reportagem. Para ele, “acho que não tem clima para não cassar ele. Tivemos neste tempo todo dois pontos de conflito – um a Dilma e outro Cunha – não dá para deixar nenhum dos dois livres, para limpar. E a Lava-Jato vai limpar todo o resto, prender quem tem que prender e aprofundar as investigações”, citou o deputado que é o 1º-vice-líder do PSDB na Câmara Federal.

Já em Rio Claro, o desfecho é aguardado. O presidente da 4ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mozart Gramiscelli Ferreira, cita que “o deputado Eduardo Cunha expressa a face mais perversa da política brasileira. Sua cassação é anseio, quase unânime, da população brasileira. Espera-se que o precedente criado no Senado Federal não se repita na Câmara dos Deputados”, defendeu ao citar o fatiamento do impeachment da ex-presidente Dilma, que manteve seus direitos políticos intactos.

VOTAÇÃO

Os deputados deverão votar o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) aprovado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no dia 4 de junho. O relator concluiu que Cunha mentiu em depoimento espontâneo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em maio de 2015, quando disse não possuir contas no exterior. Ele nega que tenha mentido à CPI, argumentando que as contas estão no nome de um trust familiar contratado por ele para administrar seus recursos no exterior.

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