ETA 1 – Daae. Foto: Arquivo JC
Proposta de mudança no modelo de gestão do Daae gera debate e expõe diferentes perspectivas
lll Na água, não
“O Daae sempre foi uma instituição exemplar em Rio Claro, sempre emprestou dinheiro para a Prefeitura e tinha um quadro de funcionários exemplares. Na medida em que você passa a tarifa de água e esgoto para uma empresa, você perde o controle da tarifa. Quando fizemos a PPP do esgoto, não tínhamos esgoto em Rio Claro. E a água foi mantida com o Daae, inclusive para concentrar a sobra do caixa da autarquia nos investimentos na água. Atitude criminosa fazer isso, é um lesa pátria (sobre projeto de empresa pública). O que precisa é fazer a ETA 3, nós fizemos a ETA 2. Não tenho dúvidas que vai ser aprovado pela unanimidade porque o prefeito tem o controle. A Câmara é um cavalo com o bridão na boca” analisa o ex-prefeito Nevoeiro Jr. (PSDB).
lll Replay
Para o ex-prefeito Du Altimari (MDB), “o perfil dessa administração é igual a do Nevoeiro, em tudo. O Nevoeiro entregou o esgoto do Daae por 30 anos, essa é mais gulosa, quer entregar a água por 35 anos. Antes da PPP (Parceira Público-Privada) o Daae emprestava dinheiro para a Prefeitura.
Na nossa administração conseguimos mais de R$ 60 milhões a fundo perdido, trocamos duzentos quilômetros de canos, levamos água até o distrito da Assistência, fizemos sete novos reservatórios.
Agora, entregar a ÁGUA para o particular e depois ter que pagar por ela, é um absurdo!”.
lll Sucateamento
“Sempre fomos favoráveis à parceria com a iniciativa privada nos setores em que o Poder Público tem dificuldade em atender. Quanto ao Daae, a preocupação maior é em relação ao contexto e a forma com que a proposta está sendo apresentada para votação a toque de caixa e a não discutir amplamente com a população.
O atual prefeito avançou no bolso do rio-clarense com um reajuste de mais de 43% na tarifa de água, não fez nenhum investimento e de forma deliberada sucateou a autarquia. Também de forma deliberada, deixou que as consequências da recente crise hídrica se agravassem impondo sacrifícios à população, para driblar a opinião pública e favorecer uma aprovação relâmpago do projeto e anunciar o racionamento dois dias após sua reeleição. E foi incoerente, porque antes da eleição afirmava que não ia vender o Daae” avalia o ex-prefeito Juninho da Padaria (PRD).
lll Currículo
Vale destacar, conforme o ex-prefeito Nevoeiro já declarou, que foi sob sua gestão, nos anos 2000, que o sistema de esgoto do município foi concedido à iniciativa privada. E que o ex-prefeito Du Altimari disputou e ganhou a eleição de Nevoeiro afirmando durante a campanha que iria cancelar a PPP do Daae, o que na prática não aconteceu. Inclusive ocorreram mudanças no contrato que até hoje são alvo de críticas devido à divisão de valores e obrigações.
lll Alerta
Comerciantes de Rio Claro devem estar atentos. Os golpistas agora estão enviando e-mail para as empresas apontando supostos problemas nos alvarás de funcionamento junto à Prefeitura. A “carta” vem assinada por uma pessoa que não consta no quadro de funcionários da administração municipal . Antes de qualquer procedimento para atender essas mensagens, a orientação é para comparecer à Prefeitura para checar a realidade da documentação.
PISCA PISCA – “Há muita reclamação que não se enfeita a Rua 3 (…) temos que lembrar uma coisa. Hoje o comércio não é só mais físico como era há 30 anos (…) e daí o pessoal fala ‘pô, falta decoração, talvez a decoração impulsionaria o comércio’. Com certeza, mas há um outro problema, a ramificação do comércio na cidade, a prefeitura não tem perna para tudo isso”, argumentou o secretário de Turismo, Guilherme Pizzirani, em entrevista à rádio Jovem Pan News. Quando questionado sobre o fechamento da Rua 3, porém, preferiu não opinar. “O fechamento, sempre fica aquela discussão. Não é muito da nossa alçada”.
Os problemas na estrutura das escolas municipais de Rio Claro são alvo frequente de denúncias pelo coletivo Servidores em Luta. Recentemente o problema foi o alagamento da Escola Armando Grisi, no Jardim Paulista II. No mês passado, o destaque foi para as rachaduras no prédio da escola Mitiko Nevoeiro, no Jardim São João.
