Antonio Archangelo
Repercutiu em Rio Claro a publicidade da delação premiada do senador petista Delcídio do Amaral, na qual cita fatos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff, senadores do PMDB e o presidente do PSDB, Aécio Neves. Para o deputado Aldo Demarchi (DEM), “a homologação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral praticamente decreta o fim do governo Dilma” disse.
Para ele, “os fatos narrados com riqueza de detalhes por alguém que até recentemente era um dos principais nomes do PT reforçam boa parte do que foi apurado pela Operação Lava-Jato. Torço para que tenhamos um desfecho a curto prazo e o país volte à normalidade antes que a política afunde de vez nossa economia”, conclui o parlamentar.
Enquanto o prefeito Du Altimari (PMDB) evita comentar a situação, o presidente da Câmara Municipal, João Zaine (PMDB), comenta que “ expõe ainda mais as denúncias contra o governo, aumentando o leque de acusados”, citou a reportagem do JC. “Isso pode acelerar o processo de ruptura, já anunciado, do PMDB, deixando o governo ainda mais frágil”, concluiu o vereador peemedebista.
Em sua delação, Delcídio deixa claro que o Planalto agiu para interferir nas investigações. A delação premiada é composta por 21 termos de declarações do senador. Em sua manifestação ao STF, a Procuradoria afirma que o acordo tem o objetivo de obter provas contra “organizações criminosas” que agiam no Executivo e no Legislativo.
Delcídio cita fatos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff, senadores do PMDB e o presidente do PSDB, Aécio Neves. A homologação é a confirmação pela Justiça dos termos do acordo entre Delcídio e a Procuradoria-Geral da República, em que o delator recebe benefícios judiciais em troca de depoimentos e entrega de provas que indiquem a ocorrência de crimes e a participação de outros envolvidos.