A Câmara Municipal levantou pela primeira vez com destaque neste ano o alerta para que a Prefeitura aumente as ações contra a proliferação da dengue na cidade. Os casos confirmados da doença em Rio Claro já ultrapassaram os 280, segundo os dados atualizados ontem pelo sistema do Governo do Estado de São Paulo. Há uma morte por dengue registrada e uma segunda morte suspeita em investigação.
O vereador Adriano La Torre (PP) argumentou no plenário na noite dessa segunda-feira (11) sobre a necessidade de se agir nos bairros. “Precisa ser feito um mutirão contra a dengue. Gostaria que fosse feito um comitê com a Fundação de Saúde, estamos fechando os olhos para a dengue”, alega o parlamentar.
O vereador Val Demarchi (União Brasil) também destacou o assunto. “(…) Não está tendo uma ação do Executivo, pedimos que o Executivo se mova e faça uma ação em conjunto, una as forças”, disse. O emedebista Geraldo Voluntário afirmou que o poder público precisa fazer seu papel, assim como a população. “Tem que ter sim um trabalho em conjunto. Já tem um comitê da dengue, que no dia 14 vamos nos reunir”, explicou.
Moisés Marques (PP) destacou sobre a morte registrada e a segunda suspeita. O vereador fez o primeiro pedido na Câmara Municipal para a Fundação Municipal de Saúde a criar um local específico para atendimento de pessoas com sintomas ou exames positivos de dengue. O requerimento foi aprovado na sessão de ontem (11).
Serginho Carnevale (União Brasil) lembrou que na quinta-feira haverá uma reunião da saúde municipal para tratar de novas ações. “Em 2015 mais de 25 mil rio-clarenses tiveram dengue. As imobiliárias precisam ajudar”. E sugeriu criar uma comissão no Legislativo para acompanhar o assunto. Rafael Andreeta (sem partido) diz que o cemitério municipal precisa entrar na rota de ações. “Pedimos o fumacê, mas foi negado. (….) não vou participar de comitê nenhum, precisa de ação, não de reunião”, alegou.
Na semana passada, durante a sessão do dia 4, o vereador Thiago Yamamoto (PSD) questionou sobre planos de contingência estabelecidos por este órgão para lidar com possíveis surtos de dengue na cidade. Já o vereador Serginho Carnevale (União Brasil) pediu que a Prefeitura estude a possibilidade de implementar novas tecnologias com o uso de drones para a liberação controlada de mosquitos estéreis, visando à erradicação de doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e zika.