Estadão Conteúdo 

O volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em maio, já descontados os saques, somou R$ 292,6 milhões, informou nesta terça-feira, 6, o Banco Central. Em maio do ano passado, houve saques líquidos de R$ 6,591 bilhões e, em abril de 2017, retiradas de R$ 1,271 bilhão. Foi a primeira captação líquida mensal registrada em 2017.

Os dois últimos dias do mês (30 e 31), quando geralmente o volume de depósitos sobe em função do pagamento de salários, foram fundamentais para maio fechar no azul. Juntos, este dois dias somaram R$ 4,525 bilhões em depósitos na poupança, já descontados os saques.

Em 2015 e 2016, a crise econômica acirrou os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na poupança para fazer frente às despesas. Em 2017, o fenômeno voltou a ocorrer, com retiradas líquidas em janeiro, fevereiro, março e abril. Em maio, porém, houve captação líquida.

De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em maio foi de R$ 180,194 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 179,901 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 665,508 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,303 bilhões de maio.

No acumulado de 2017, a poupança registra saques líquidos de R$ 18,380 bilhões, resultado de aportes de R$ 826,041 bilhões e retiradas de R$ 844,421 bilhões. No ano passado, em meio à crise, R$ 40,702 bilhões saíram da poupança.

Além da influência da crise econômica, a poupança vinha perdendo espaço para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 10,25% ao ano.

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