SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O documentário brasileiro “A Última Floresta” venceu o prêmio do público da mostra Panorama no Festival de Berlim neste domingo (20).


Em texto no site oficial do festival, a produção foi elogiada por capturar “imagens poderosas, alternando observação documental e sequências encenadas, além de paisagens sonoras densas”.


Dirigido por Luiz Bolognesi e escrito com Davi Kopenawa, autor do livro “A Queda do Céu”, o filme retrata uma aldeia ianomâmi isolada no norte do Brasil há mais de mil anos, em um território demarcado legalmente.


O documentário, que também integrou o festival É Tudo Verdade, mostra a tentativa dos índios de proteger suas terras e evitar a invasão de garimpeiros, que levam à aldeia doenças desconhecidas.


Em decorrência da pandemia do coronavírus, o Festival de Berlim foi dividido em duas partes este ano. A primeira, que aconteceu em março, foi virtual, e voltada somente para os profissionais da indústria cinematográfica. Então, os vencedores das principais categorias foram anunciados em uma live.


Agora, em junho, os filmes enfim foram exibidos ao público de forma presencial, em 16 locais de Berlim. As projeções, que terminaram neste domingo (20), aconteceram ao ar livre, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19.
O evento aconteceu em um momento em que a Alemanha enfrenta uma melhora nos sinais da pandemia, como foi enfatizado pelo próprio festival ao anunciar sua edição presencial.


“A diminuição das taxas de incidência [da Covid] em Berlim e o sinal das autoridades locais para acompanhar positivamente o pedido de um projeto-piloto com testes obrigatórios reforçaram a decisão da gestão do festival.”

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