Antonio Archangelo

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A Secretaria Estadual negou nessa sexta-feira (6), que as escolas estaduais da Diretoria de Limeira estariam sem professores-coordenadores. A notícia, repercutida na região, foi veiculada pela Folha de S.Paulo, ao evidenciar que o governo teria reduzido verba, resultando também na falta de recursos para a aquisição de materiais “em escolas com notas baixas”. De acordo com o jornal, “diretores e professores em quatro regiões do Estado (centro e sul da capital, Limeira e Sorocaba) afirmam que a redução da verba tem causado falta de suprimentos para os alunos, como papel higiênico, cartolina e guache”.

Segundo a pasta, “a Secretaria da Educação do Estado informa que é incorreto afirmar que as escolas estaduais estão sem verba para os suprimentos. Para este ano são R$ 60 milhões disponíveis, além dos R$ 24 milhões mensais para as empresas responsáveis pela limpeza e insumos, recursos monitorados e acompanhados pela pasta. Todas as escolas estaduais contam com mecanismos que auxiliam na gestão escolar. Não é verdade também que as escolas estão sem professores-coordenadores. As unidades permanecem com 3,1 mil profissionais na função e os que voltam para sala de aula poderão lecionar no programa de reforço”.

Cabe lembrar que, no início deste mês, a Apeoesp (Sindicato dos professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) compartilhou notícia relacionada à superlotação de classes. Na oportunidade, professores também disseram que a verba destinada à manutenção das escolas não teria sido liberada pela Secretaria Estadual da Educação. “Professores também relataram superlotação em escolas da Grande São Paulo. O dinheiro deveria ser empregado na pintura e em reparos antes do começo das aulas”, alegou o noticioso. “Ela fecha salas e aumenta a quantidade de alunos. Em vez de contratar mais professores para diminuir a quantidade de alunos e melhorar a qualidade de ensino, tende sempre a ficar dificultando e fechando salas, aumenta a quantidade de alunos e dispensa professores. A média para 2015 é de 45 alunos por sala, que é uma quantidade gigantesca”, afirmou um professor que preferiu não ser identificado.

“É inviável. Você chega à sala de aula, você vai fazer a chamada, até você conseguir acalmar os ânimos. E mesmo assim o professor ainda tem que aplicar o conteúdo, dar uma avaliação, tem que fazer todo processo pedagógico com muitos alunos”, declarou outro professor. O sindicato também publicou notícia na qual relata que o governo do Estado de São Paulo, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), determinou o fechamento de aproximadamente 300 salas de aula no ABCD, que poderiam comportar 12 mil estudantes. “Os cortes se dão no Ensino Médio e também no Fundamental, e atingem os períodos da manhã, tarde e noite.”

De acordo com o sindicato, a redução de salas de aula só tem uma justificativa: corte de gastos, o que poderia “precarizar ainda mais” a educação pública, com salas superlotadas.
“É mais uma medida para acabar com a qualidade do ensino público. As salas estão cada vez mais lotadas e a Secretaria de Educação não fala nada. A demanda é grande e faltam salas”, garantiu a presidente da Apeoesp, Maria Isabel Azevedo, a Bebel.

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