Carine Corrêa
A esposa do agente penitenciário Marcos José Silva, que morreu depois de trocar tiros com a Polícia Militar no último dia 20, em Itirapina, diz que o marido não tinha intenção de machucá-la e matar o policial Júlio César Zorzete de Almeida. “Foi uma fatalidade, uma tragédia. Ele não era um bandido e sempre foi um homem trabalhador. O que aconteceu foi uma recaída no álcool, que acabou resultando em tudo isso”, frisou Sueli Silva, de 43 anos.
Sueli diz estar fragilizada com a morte do marido, e com toda repercussão negativa que o fato gerou quanto à imagem de Marcos. “Ele tomava remédios controlados e, como bebeu naquele dia, certamente deve ter gerado uma reação em seu organismo que o deixou mais agressivo”, pontua Sueli.
Ela ainda detalha como foi o comportamento do marido no dia anterior, pouco antes da troca de tiros. “Eu tinha acabado de chegar do meu trabalho. Eram mais ou menos 17h20. Quando cheguei em casa, percebi que ele havia bebido. Eu saí e voltei à noite. Eu disse: ‘isso vai te fazer mal, vai te matar’. Foi então que ele me acertou na perna com uma espingarda de chumbinho. Mas minha filha, de 11 anos, nada sofreu. Ele não queria me matar. Marcos morreu achando que eu estava morta”, conta Sueli. A mulher conta que deseja entender como ocorreu toda a negociação da PM com Marcos.
Como foi?
O policial Júlio César e o agente penitenciário Marcos morreram na madrugada do dia 20. A PM informou na ocasião que Júlio tentava negociar com Marcos, que estava em ‘surto psiquiátrico’.