Carine Corrêa
Um dia após as eleições, o que resta nas ruas e principalmente em frente às escolas é uma grande quantidade de “santinhos” espalhados pelo chão. A Justiça Eleitoral oficiou a Prefeitura de Rio Claro para que fizesse a limpeza desse material, já que não dispõe de estrutura para fazer a retirada dos panfletos. A Polícia Militar também foi oficializada para que, através do patrulhamento coibisse a ação de cabos eleitorais. A medida faz parte da decisão da corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo.
A reportagem ouviu a opinião de alguns eleitores sobre o assunto. Confira abaixo:
Gabriela F. Fonseca – “Sou de outra cidade, outro estado inclusive, mas aqui em Poços de Caldas/MG foram registrados ao menos dois acidentes de moto por conta dos santinhos, que de santo não tem nada!”
Ana Lígia Dal Bello – “Nesta última eleição vi gente ‘caçando’ santinho jogado no chão, ou porque não se deu o trabalho de anotar com antecedência os números dos candidatos ou porque realmente pretendia votar no candidato que aparecesse no primeiro santinho que visse. Concluímos que, num país como o nosso, é útil para os militantes/candidatos fazerem essa imundície”.
Ivan Bonifacio – “Até os últimos dias, as pessoas declaravam indecisão quanto ao voto, principalmente para deputado (estadual e federal). O lixo acontece como consequência de um comportamento. Mesmo alguns que decidiram seu voto com antecedência esquecem de anotar o número dos candidatos e não se dão ao trabalho de procurar na lista afixada nas zonas eleitorais. Vejo dois caminhos: 1 – Colocar um policiamento ostensivo em todas as zonas eleitorais nas 24 horas que antecedem o início das votações, mobilizar equipes de limpeza pública divididas por setores e endurecer a punição contra quem pratica esses atos ou 2 – Promover um processo de formação política na sociedade como um todo para que essa ação deixe de ter relevância”.