Ednéia Silva
Nem mesmo as câmeras de monitoramento instaladas nos ônibus do transporte coletivo inibem a ação dos bandidos em Rio Claro. Os veículos são alvos frequentes de roubos, o que assusta motoristas, cobradores e passageiros. O último assalto aconteceu na quarta-feira (20) na linha Circular 1. O bandido rendeu cobrador e motorista com uma faca e fugiu com R$ 200,00.
A situação preocupa quem trabalha ou precisa do serviço de transporte para locomoção. O gerente operacional da empresa Rápido São Paulo, João Batista de Araújo, conta que da semana passada para cá foram três assaltos com o mesmo modus operandi. O ladrão, armado com faca, rende cobrador e motorista e rouba o dinheiro do caixa.
De acordo com ele, pelas imagens gravadas pelas câmeras, percebe-se que é o mesmo indivíduo, que deve morar na região atendida pelos coletivos. Essa certeza é reforçada pela proximidade dos bairros onde os ônibus circulam: Bela Vista, São Miguel e Circular 1. Além de amargar prejuízos financeiros, a empresa ainda enfrenta dificuldades com os profissionais, já que muitos ficam traumatizados e temem voltar ao serviço.
Araújo explica que a empresa tem feito a sua parte, acionando a polícia e pedindo apoio para garantir a segurança de usuários e funcionários. Segundo ele, os roubos haviam diminuído após a prisão e condenação de alguns bandidos no ano passado. Mas os assaltos sempre aumentam em época da liberação de presos por meio de indultos. Ele espera que esses sejam casos isolados e não uma tendência.
O major Horácio, do 37º Batalhão da Polícia Militar de Rio Claro, explica que é importante a empresa identificar onde estão ocorrendo os roubos e qual a faixa de horário. Outra medida seria o fornecimento da “foto” do indivíduo, tirada do vídeo gravado pelas câmeras instaladas nos ônibus.
O major ressalta ainda que, quando a PM identifica locais com maior incidência de roubos, intensifica as rondas para coibir o crime. No caso, a investigação cabe à Polícia Civil, que pode entrevistar os funcionários da empresa e testemunhas para descobrir a área de atuação do meliante.