Luiz Galeazzi era o proprietário da aeronave que caiu em Gramado (RS) (Fotos: redes sociais)

(FOLHAPRESS) Luiz Cláudio Galeazzi, proprietário da aeronave prefixo PR-NDN que caiu em Gramado (RS) na manhã desse domingo (22), morreu no acidente. Era ele quem pilotava o avião. Segundo um amigo do empresário, que pediu para não ser identificado, ele era um excelente piloto, muito experiente e cuidadoso. O governo do Rio Grande do Sul confirmou a morte de Galeazzi e de outros nove passageiros. Entre eles, a esposa e três filhas do empresário. A aeronave partiu de Canela (RS) e seguia para Jundiaí, no interior de São Paulo. Ainda conforme disse o amigo, estavam na aeronave a sogra de Galeazzi, a cunhada dele e o marido e os dois filhos do casal. Eles haviam ido ao Sul para um passeio. “É com profundo pesar que confirmamos o falecimento de nosso CEO, Luiz Cláudio Galeazzi, 61 anos, sua esposa, três filhas e alguns outros membros da família, além de Bruno Cardoso Munhoz Guimarães (Diretor da Galeazzi & Associados)”, diz trecho da nota publicada no perfil da empresa no LinkedIn. A lista com o nome dos passageiros não foi divulgada pelo governo até o momento.

Galeazzi se formou em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele é sócio e CEO da Galeazzi & Associados, empresa com mais de 25 anos de experiência em gestão de empresas, com sede na avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos centros financeiros da capital. Ele atuou em projetos de melhora de performance, reestruturação e gestão de crises no Brasil e no exterior, nas áreas de telefonia, saúde, alimentos, energia, bancos, indústria automotiva, varejo e mídia.

Outro passageiro que estava a bordo do avião, segundo a empresa, é Bruno Cardoso Munhoz Guimarães. Ele era diretor na Galeazzi & Associados. Guimarães se formou em administração de empresas no Mackenzie. “Na Galeazzi liderou projetos nas áreas de finanças, comercial e operações conduzindo os processos de diagnóstico, reestruturações organizacionais, redefinições estratégicas e implementações de melhorias de performance. Também atuou em projetos de gestão interina e de turnaround”, diz trecho do perfil de Guimarães no site da empresa.

Em nota, a Galeazzi & Associados se solidarizou com todos os afetados pelo acidente. A empresa disse que vai acompanhar as investigações conduzidas pelas autoridades competentes. De acordo com o texto, todos os registros e autorizações da aeronave estavam devidamente em ordem. Guimarães trabalhou como diretor de operações regionais na Bioma Educação, que emitiu nota de pesar na noite de domingo. De acordo com o comunicado, ele estava acompanhado da esposa, Veridiana Natucci Niro, e dos dois filhos do casal. Ele atuou na empresa entre fevereiro de 2019 e junho de 2022. “Em nome do Conselho, Diretoria, diretores das escolas e professores da Bioma Educação, estendemos nossa solidariedade neste momento de dor à família e amigos de Bruno e a todos os demais que perderam pessoas queridas neste trágico acidente”, diz trecho do comunicado. Na empresa, Guimarães era chamado de Guima.

Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), não há sobreviventes —preliminarmente, a Defesa Civil disse que o avião transportava nove passageiros. Ao menos 15 pessoas foram levadas a hospitais da região, a maioria por inalar fumaça —duas estão em estado grave. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, o avião colidiu na chaminé de um prédio, depois no segundo andar de uma residência e, então, caiu sobre uma loja de móveis. Destroços ainda alcançaram uma pousada.

Este não é o primeiro acidente aéreo envolvendo a família. A mãe do empresário, Maria Leonor Salgueiro Galeazzi, morreu aos 69 anos em 27 de janeiro de 2010 na queda de um avião da família, em Iperó, no interior de São Paulo. Ela era esposa de Cláudio Galeazzi, então presidente do Grupo Pão de Açúcar.
No acidente de 2010 morreu também o piloto José Andrei Ferreira dos Santos, 32. O avião, um Seneca 810C fabricado pela Embraer, decolou de Sorocaba com destino a Goiás.