Carine Corrêa
Pessoas em situação de rua. Nesta semana, um grupo de andarilhos estava ocupando a praça ao lado do Centro de Informações Turísticas (CIT), logo na entrada de Rio Claro pela Avenida Tancredo Neves. Nessa sexta-feira (24), andarilhos também foram avistados no Jardim Público.
O assunto é delicado, pois envolve questões sociais. O Jornal Cidade ouviu alguns especialistas sobre o assunto, que foram questionados sobre a origem do problema e como ele poderia ser amenizado. Leia a seguir:
“Acredito que são vários fatores que podem levar à situação de rua, mas quando o assunto é falta de opção por moradia a especulação imobiliária é um grave problema. Vivemos na cidade com terrenos cada vez mais caros e aluguéis cada vez mais insustentáveis, do Centro à periferia. O aumento no número de pessoas em situação de rua passa por isso: uma cidade cada vez mais excludente, do seu planejamento ao seu funcionamento” – sociólogo Airton Moreira Junior.
“Políticas sociais são importantíssimas, chamadas de tecnologias sociais. Tanto para dar opções de melhoria à condição da renda, como também à proteção contra a violência gratuita que muitos sofrem. As mudanças tecnológicas, sociais e econômicas por que o mundo passou nos últimos 30 anos ficaram incompreensíveis para muitas pessoas. A expressão ‘vagabundo’ para alguns que dormem durante o dia é para se defenderem à noite estarem alertas” – geógrafa Maria Magali Matias.
A prefeitura se posicionou sobre o assunto nesta semana. “A prefeitura oferece atendimento a pessoas em situação de rua por meio de assistentes sociais que prestam orientações e disponibilizam encaminhamentos. É bom frisar que elas não podem ser levadas contra a própria vontade. Também é preciso levar em consideração que a praça é um espaço público”, disse em nota.