Matheus Pezzotti
O técnico Estevam Soares chegou ao Rio Claro FC na 10ª rodada e em seu comando, em seis jogos, o time conquistou 8 pontos, sendo duas vitórias, dois empates e duas derrotas, mesma pontuação de Buião, que em nove jogos, perdeu cinco, empatou duas e venceu outras duas.
Com o término da participação no Paulista, na última quinta-feira (9), todo o elenco e comissão técnica se despediram do Schmidtão, mas antes de deixar o clube, o treinador conversou com a reportagem do JC e fez um balanço do time no estadual sob o seu comando.
“Acho que foi bom, se levarmos em conta apenas os 28 dias em que passamos, incluindo conhecer o elenco e até no último jogo, fazendo experiências. Em cima disso, acho que foi proveitoso e eficiente. Tivemos o nosso objetivo da manutenção do Rio Claro FC na primeira divisão graças ao esforço de todos. A torcida que nos apoiou, sofreu e torceu. Ao corpo diretivo, comissão técnica e principalmente dos jogadores que nos aceitaram muito bem e fizeram aquilo que foi proposto e tivemos, nestes seis jogos, um aproveitamento de quase 45%, com quatro jogos fora de casa. Foi sofrido, mas felizmente conseguimos o principal objetivo”, afirma.
Porém, quando chegou ao clube, além da tensão do Galo Azul estar sem vencer há seis jogos, deparou-se com jogadores acima do peso e com preparo físico comprometido. Mas apesar dos problemas, se sente um cidadão rio-clarense pela identificação que teve com a cidade.
“Alguns jogadores, titulares inclusive, estavam com índice percentual de gordura acima e isso refletia na campanha. E quando aceitei o convite, estava procurando um auxiliar técnico e um deles me disse que não aceitaria porque o clube iria ser rebaixado, pela tabela que ainda teria. Só que ele perdeu a chance de começar um trabalho e eu tive a felicidade de ter um êxito na carreira e poder desfrutar de um clube maravilhoso onde vai viver eternamente no meu coração. Me identifiquei com o clube e principalmente com a cidade, onde tive antepassados aqui e pude vir, conhecer a cidade e pode ter certeza que eu virei um cidadão rio-clarense porque eu gostei daqui e do clube”, diz.
O time terminou o Paulistão em 15º, com 16 pontos, um a mais que o rebaixado Penapolense e para Estevam, a situação seria menos sofrida se um jogador não tivesse se lesionado.
“Se não houvesse a contusão do Nando Carandina nós fatalmente teríamos uma vida bem melhor, porque esse trio de volantes era essencial pela leveza e toque de bola. Tentamos repetir com a entrada do Patrik, mas não funcionou. Depois mudamos para três zagueiros [3-5-2 e 3-6-1], depois fizemos outra formação [variação do 4-4-2 para o 4-5-1] e a perda do Nando foi fundamental para a oscilação da equipe, mas os atletas foram os grandes heróis e estou com a consciência muito tranquila pelo trabalho realizado”, finaliza.
O time entra em recesso até o início de maio, quando, de acordo com o diretor de futebol, Alex Afonso, retorna para a disputa da Copa Paulista, no segundo semestre.