Antonio Archangelo
Rio Claro pode concretizar o sonho de ter uma faculdade de Medicina, ainda, neste ano. Esse é um dos ‘presentes’ que o prefeito Du Altimari (PMDB) almeja para o município, que completa, na terça-feira (24), 187 anos de fundação. Confira a entrevista especial ao Café JC:
JC – Quais os planos que o senhor almeja para Rio Claro num futuro próximo?
Altimari – Estamos vivendo um grande momento na nossa administração. Você vê, por exemplo, os médicos em Rio Claro fazendo levantamento e acompanhamento após o envio daquele relatório ao Ministério da Educação. A gente sentiu que eles passaram por aqui, que, no geral, Rio Claro cumpriu todos os pré-requisitos. Você imagina bater o martelo. Um sonho de quantos anos? E a gente conseguir uma faculdade de Medicina no nosso município é um fato simbólico, grandioso. Eu vejo que esta questão vai ser fundamental. Tenho alguns ‘faros’ na vida que, às vezes, não têm nem muita explicação. Eu sinto que as chances disso acontecer são grandes.
JC – Ainda neste ano?
Altimari – Sim, neste ano.
JC – Independente do ano eleitoral?
Altimari – A definição vai ser em agosto ou setembro. Após o dia 14 de julho, com o fim da Copa, volta a visita dos médicos. E a partir destas visitas, vão bater o martelo (Ministério da Educação).
JC – Rio Claro, também, tem recebido médicos da Universidade de São Carlos?
Altimari – Sim, mas isso é questão de estágio. É inédito. Como, também, a presença dos médicos cubanos. As coisas estão avançando. Tudo isso contribui, mas o ponto alto é o plano de uma faculdade de Medicina. Vou ser sincero: acompanhei a visita dos médicos e um deles me disse que ‘a vinda de uma faculdade de medicina transforma a cidade’. Só a Santa Casa, por exemplo, se for um Hospital Escola, terá que ter residência médica. Alguma vez na história, a Santa Casa teve residência médica? Com isso, você vai fazer com que os médicos de Rio Claro sejam professores e terão que, cada vez mais, voltar aos livros, aos cursos, vivenciar uma nova qualidade. Você, também, vai conseguir médicos especialistas com um baixo custo.
JC – A instituição que receber o curso, por exemplo, terá que dar alguma contrapartida ou vai utilizar os recursos já existentes?
Altimari – Há diversos projetos. Cada entidade tem o seu. A Anhanguera, por exemplo, tem o dela. A Uniesp me apresentou um projeto de R$ 120 milhões com a construção de uma faculdade e de um hospital SUS. Mas tem que deixar claro que isso não depende da prefeitura. Após a cidade ser escolhida, vão abrir licitação para a definição da instituição que oferecerá o curso de medicina. A prefeitura está lutando para que a cidade seja credenciada.
JC – Então, além de implantar o curso de medicina, Rio Claro pode ganhar um hospital SUS?
Altimari – Pode, sim. Isso pode acontecer. Por isso estou dizendo que uma faculdade de Medicina transforma uma cidade. Não estou dizendo que isso vai acontecer, porque pode ser que outra instituição ganhe a licitação. Como, também, pode ocorrer a ampliação da Santa Casa de Misericórdia, o chamado ‘Anexo III’. A discussão é a seguinte: vão ter 50 vagas, 80 vagas? Coloca-se que um curso com apenas 50 vagas ficaria muito caro. O ideal é que o curso ofereça 80 vagas. Então, se você precisar ter 80 vagas, será necessário um número maior de leitos disponíveis.
JC – De zero a 100%, qual a possibilidade deste