A munícipe Elizabete Arruda, 62 anos, morreu na madrugada dessa quarta-feira (14) após complicações decorrentes de um infarto sofrido no último sábado (10), em sua residência, no Jardim Itapuã.
Segundo a família, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado por volta das 13h30, mas o resgate teria chegado somente 50 minutos após a solicitação. Familiares acreditam que a demora no socorro contribuiu para o agravamento do quadro de saúde da vítima.
“Se o atendimento tivesse sido rápido, ela poderia estar viva. Os danos foram irreparáveis, com a falta de oxigenação no cérebro e consequente falência de múltiplos órgãos”, explica o irmão Everaldo Arruda.
Elizabete morava a apenas 1,3 km da unidade do Samu na zona sul, inaugurado em junho de 2019, num percurso de apenas três minutos de carro entre a base e sua casa. “O que chama a atenção é que essa nova base sempre está fechada. Será que realmente está operando? Se estivesse, a minha irmã teria melhor sorte. Que o mesmo não ocorra com outras famílias”, questiona Arruda.
Sobre a denúncia, a prefeitura, em nota, esclarece que não procede a informação de que foram 50 minutos de espera. “A equipe do Samu, com médico, socorrista e enfermeiro, chegou ao endereço em menos de 20 minutos. O atendimento feito no local durou cerca de 30 minutos, tempo necessário para que os profissionais conseguissem reverter a parada cardíaca da paciente. O tempo de resposta deste atendimento ficou na média do serviço de urgência, que é de pouco mais de 19 minutos”, declara a administração municipal.
Com relação à base descentralizada do Samu na região sul, está em funcionamento e vem atendendo normalmente os chamados daquela região. “No caso desta ocorrência, a situação demandava atendimento médico urgente e, para isso, foi encaminhada a viatura de suporte avançado, equipada com UTI, que fica na base da Vila Martins”, conclui a prefeitura.