Sidney Navas
A família do casal Fernando e Laila Hebling, que morreu depois de um acidente na Rodovia Wilson Finardi (SP-191) no começo de março, revela sua indignação com o rumo que as investigações policiais estão tomando.
O motorista, que segundo a Polícia Civil é o causador do acidente, estava embriagado conforme os testes apresentados pelo exame do bafômetro. Mas mesmo assim, ele foi indiciado pelas autoridades por homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar. Uma possível condenação neste caso, pode ser mais branda caso ele respondesse por homicídio doloso, que é quando a pessoa assume todos os riscos.
Para os familiares, o motorista teria que ser responsabilizado pela prática de homicídio com dolo eventual, já que ingeriu bebida alcoólica e depois resolveu dirigir seu carro pela rodovia. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o homem, ao ultrapassar um caminhão bateu de frente contra o veículo onde viajavam Fernando e Laila Hebling. Ela, que tinha 29 anos e estava grávida de quatro meses, morreu no mesmo dia e, tempo depois, seu marido de 27 anos que estava internado em estado grave, também não resistiu e acabou falecendo.
A mãe do rapaz, Lenita Rossetti Hebling, explica que nada mais trará o seu filho, a nora e o seu neto de volta, mas em sua opinião a justiça tem que prevalecer. “Esse indiciamento é inadmissível. Está claro que esse motorista assumiu todos os riscos, já que resolveu pegar estrada, mesmo estando embriagado. Se nada for feito, casos como esses voltarão a acontecer”, diz a mulher ainda extremamente abalada, já que há cerca de dois anos também ficou viúva.
Para tentar reverter a situação os parentes das vítimas já contrataram um advogado. Lenita fala que fará tudo o que estiver a seu alcance para que essas mortes estúpidas, provocadas pela imprudência, não passe em branco. A reportagem do Jornal Cidade não conseguiu encontrar o delegado que apura o caso.