Benedito Santana de Oliveira e o filho Silvio Santana de Oliveira (foto arquivo JC)

Adriel Arvolea

Benedito Santana de Oliveira e o filho Silvio Santana de Oliveira (foto arquivo JC)
Benedito Santana de Oliveira e o filho Silvio Santana de Oliveira (foto arquivo JC)

Em 2013, Benedito Santana de Oliveira foi agredido por dois jovens na região central de Rio Claro. O ato, praticado nas imediações da Rua 2 com a Avenida 3, fez com que o guardador de carros ficasse internado por quinze dias na UTI da Santa Casa. Uma semana depois de receber alta, Benedito retornou ao hospital pela primeira vez e, depois de uma sequência de complicações, acabou morrendo no dia 1º de julho.

Dois anos após o crime, ocorreu a condenação de Helcio Alves Carvalho e Axel Leonardo Ramos, acusados pela morte do idoso, decidida após 14 horas de julgamento na última terça-feira (28). Os jurados decidiram que a dupla vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe e homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel, respectivamente.

Em entrevista ao Jornal Cidade, o filho da vítima, Silvio Santana de Oliveira, fez um desabafo sobre o crime e o julgamento. Confira:
“A sensação, num primeiro momento, é de alívio. Num segundo momento, de revolta. Esperávamos uma pena maior, pois não foi justa pelo ato e o requinte de crueldade. Por meio do nosso advogado, vamos recorrer para tentar aumentar a pena. Foi realmente chocante. Não acreditamos quando recebemos a notícia que meu pai tinha sido agredido, enquanto guardava carros em frente a um clube de Rio Claro. Nos demos conta da gravidade quando o vimos no hospital. Foi muito doloroso para todos. Meu pai sempre foi uma pessoa muito mansa. Quem o conhecia testemunha isso e sabe que ele não mataria nem uma formiga. Ouvir no Tribunal que ele teria empurrado os jovens, que teria motivado a violência, foi revoltante. São dois anos sem meu pai. Uma vida que se foi de forma cruel e não natural. Então, é algo que eu e minha família não conseguimos entender. Morte natural é uma coisa. Outra coisa é morrer brutalmente, como é o caso do meu pai. Perdoar os agressores? Difícil é praticar o perdão; mas estando longe dos agressores, é fácil perdoar. No mais, sinto-me aliviado”.

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