A perda de cabelo é temida por grande parte dos homens, situação que expõe a vaidade masculina frente à ação do tempo e aos fatores comportamentais e genéticos. O mais indicado é prestar atenção aos indicadores do problema e iniciar o tratamento capilar antes que as famosas ‘entradas’ se tornem ‘saídas’. No entanto, quais os sinais que indicam a calvície?
A dermatologista Simone Corat diz que no homem caracteriza-se por afinamento dos fios e queda de cabelo na região frontal – as famosas entradas – e coroa. Já na mulher, a diminuição dos fios aparece no alto da cabeça, com uma diminuição difusa e afinamento. Ela percebe diminuição do calibre do rabo de cavalo, além de queda intensa – maior que 110 fios por dia.
Em termos médicos, a profissional explica que a calvície, ou alopecia, é uma doença genética, ou seja, está programado no nosso código genético se seremos susceptíveis à calvície ou não. “Geralmente, inicia-se na adolescência, junto com o amadurecimento hormonal, e evolui progressivamente ao longo dos anos. Na mulher, pode piorar após a menopausa, visto que o hormônio feminino pode desempenhar alguma proteção”, comenta.
Normalmente, perdemos de 100 a 110 fios por dia, tratando-se de uma fase biológica do cabelo. Todo fio tem um ciclo de crescimento, manutenção e queda. Conforme orienta Drª Simone, o tratamento contra a calvície consiste em bloquear o receptor de testosterona (hormônio masculino) por meio do medicamento Finasteride, pois, assim, bloqueia-se o processo de queda.
“Esse medicamento é usado em homens e mulheres pós-menopausa, ou que não têm risco de gravidez”, esclarece. Podem ser usadas, ainda, loções capilares com Minoxidil para estimular o crescimento capilar e shampoos para controle da caspa e oleosidade, quando estas estão presentes. É possível, também, fazer aplicações com agulha (intradermoterapia) com os medicamentos Finasteride e Minoxidil.
“Como é um processo genético, o tratamento é por toda vida, com pausas curtas”, completa. Outro recurso disponível no mercado é o implante capilar, uma alternativa para casos em que grande área capilar foi perdida, onde estão presentes áreas peladas, com raros fios.
Alimentos podem ser fator de piora para a queda de cabelo quando a pessoa tem anemia associada, por ingerir pouca ou nenhuma carne ou por carência de vitaminas, principalmente a A. Uma alimentação adequada gera um equilíbrio que vai se refletir na saúde dos fios. Por se tratar de uma doença genética, a alimentação não é a causa da queda, e sim a herança (possuir genes predisponentes à alopecia).
O uso de capacetes e bonés pode ser fator negativo, uma vez que eles causam transpiração excessiva e, consequentemente, caspa e dermatites no couro cabeludo. A água quente pode causar o mesmo problema. Já a necessidade de lavar o cabelo é individual, mas devemos lavá-los quando os percebemos oleosos e sujos.