João Brasil Bueno Neto, o ‘Ziquinho’, dedica tempo e paixão na reforma de sua Volkswagen Brasília vermelha, ano 78, tornando o veículo uma verdadeira joia da família
Há quatro anos, o fisioterapeuta João Brasil Bueno Neto, mais conhecido como “Ziquinho”, deu início a uma jornada especial com seu Volkswagen Brasília, ano 78, adquirido em Rio Claro. A Brasília, na cor vermelha, chegou até ele “ruizinha, mas andando”, como ele mesmo descreve, e desde então, tem sido alvo de um processo meticuloso de reforma. Para Ziquinho, o que torna esse projeto especial não é apenas o resultado final, mas o tempo dedicado a cada detalhe. “O que eu gosto é o tempo que demoro para ir reformando”, afirma com orgulho.
A restauração da Brasília tem sido feita ao mínimo, peça por peça. Funileiros, eletricistas e mecânicos participam dessa transformação, enquanto Ziquinho, com paciência e paixão, vai adquirindo cada componente. Para ele, esse trabalho é muito mais que um simples hobby, é um prazer que o conecta a algo maior: o amor por veículos clássicos.
E não é apenas Brasília que carrega essa dedicação. Ao lado do genro, Ziquinho também restaurou um Fusca 82 e uma moto CB 450 DX, ano 78, todos impecáveis, resultado do mesmo carinho que ele deposita em cada detalhe. Sobre a Brasília, ele conta com excitação: “A parte elétrica funciona por completo, incluindo a ventilação original de fábrica. E a tapeçaria… O estofamento vermelho foi sugestão do tapeceiro. Eu iria fazer preto com friso vermelho, mas esse vermelho combinou perfeitamente com o carro e me encantou”.
Por onde passa, a Brasília atrai olhares curiosos e admiradores. “Já me perguntaram no semáforo quanto eu queria pelo carro”, diz ele rindo. Mas a resposta é sempre a mesma: o carro é parte da família, e vender não está nos planos. “Se eu vender, minha filha e meu genro me matam”, brinca.
O carinho de Ziquinho pelo carro é evidente. Ele admite ser o único a dirigir a Brasília e, entre risos, diz: “Falando com muita educação, posso até dar uma carona”. No entanto, a família ainda não teve a chance de passear com ele, e Ziquinho não tem pressa em compartilhar o volante.
Apesar de já ter outros veículos restaurados, a Brasília permanece como um verdadeiro xodó, e ele não pretende se desfazer tão cedo. “Vou continuar usando e, claro, vou atrás de um novo desafio. Quero outro carro para passar mais quatro ou cinco anos reformando”, finaliza com um sorriso no rosto. A paixão de Ziquinho pelos clássicos vai muito além de simples reformas – é um trabalho de amor que ele espera continuar por muitos anos.