Antonio Archangelo
A empresa Selt, responsável pela manutenção da iluminação pública em Rio Claro, iniciou suas operações nessa terça-feira, 2 de junho. Uma força-tarefa focará o acumulo de pedidos para troca de cerca de duas mil luminárias em vários pontos na cidade, os serviços se iniciaram pela Zona Norte do município e foram acompanhados pelo prefeito Du Altimari (PMDB) e vereadores da base governista.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da prefeitura, o gerente de contrato da empresa, Márcio Weiss, estima que a iluminação pública esteja normal até o final do mês de julho.
A força-tarefa deve trabalhar, a princípio, aos finais de semana e também neste feriado de Corpus Christi.
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Depois deste trabalho de normalização do parque de iluminação, a empresa estima que, em média, trocará cerca de 500 lâmpadas/mês para garantir a manutenção e o funcionamento pleno das luminárias em áreas públicas.
Ainda de acordo com a assessoria da prefeitura, a Elektro deixa, então, de fazer reparos no parque de iluminação, que passam a ser de responsabilidade da empresa Selt. Os munícipes podem solicitar troca de lampadas ou denunciar locais sem iluminação através da Ouvidoria Municipal, pelo telefone 3526-7145.
Cabe ressaltar que a Elektro ainda é responsável pela distribuição de energia elétrica em todo município de Rio Claro.
TAXA DE ILUMINAÇÃO
Para custear os serviços a prefeitura criou, com anuência da Câmara Municipal, a chamada contribuição para manutenção da iluminação pública. A cobrança se iniciou no último mês. Os valores, acima do previsto e sem ligação com o consumo de energia ou a quantidade de postes alocados em torno dos lotes, pressionou a Câmara de Vereadores.
Na última semana, os parlamentares cogitaram requerimento para convidar o secretário de Obras, visando a prestar esclarecimentos sobre o impasse.
De acordo com os vereadores, cada casa estaria pagando em média de R$ 10 a R$ 13 para custear os serviços de manutenção, ampliação e modernização da iluminação pública, que “ainda nem começaram”.
“Não é justo, vamos fazer um requerimento que deverá ser assinado por todos para tentar rever os valores”, opinou o vereador Anderson Christofoletti (PMDB) ao comentar que os mais pobres estão pagando, em muitos casos, mais que os mais ricos. “A Câmara caiu no conto do vigário”, retrucou o líder da oposição Juninho da Padaria (DEM), que não votou a lei.
“Estamos gastando cerca de R$ 300 mil/mês com a iluminação pública, já a conta de energia da prefeitura é de R$ 1,5 milhão/mês. E a Elektro receberá 4,5% para arrecadar o tributo para a prefeitura. Optamos por este modelo [de cobrar o tributo na conta de energia], já que outro seria inviável. A inadimplência de tributos municipais é de 26%, já o da Elektro é de 3% ”, disse o secretário Japyr Pimentel.