Quando o educador físico Samuel Kapp fechou um contrato para o aluguel de um novo local para expandir seu trabalho, fez os cálculos do investimento para a reforma que iria precisar fazer. O que ele não esperava era que, logo no início, teria um prejuízo de R$ 2.500,00 ao ter toda a fiação do local levada em uma ação de furto. O crime ocorreu durante este último fim de semana: “Quando os pedreiros chegaram para trabalhar na segunda-feira, notaram que não tinha energia. Toda a fiação da caixa de luz e também do barracão no geral foi levada. Um verdadeiro transtorno”, relata.
Ele conta que o barracão fica na Rua 8 esquina com a Avenida 8, no bairro Santa Cruz, e que conversando na vizinhança descobriu que não foi a primeira vez que tal crime aconteceu no local: “Me disseram que com esta é a terceira vez e isso sem dúvida me gera uma preocupação”, pontua Samuel.
Quem também teve um começo de semana conturbado foi Adriana Joaquim, que precisou passar o dia de ontem, terça-feira (2), ajudando o marido, que é médico cardiologista, a resolver uma série de problemas. A clínica dele que fica na Rua 3 entre as avenidas 14 e 16, na área central, também teve a fiação elétrica furtada. Como consequência, todas as consultas e exames precisaram ser cancelados e a clínica ficou fechada.
“Passei o dia me revezando entre a delegacia para o registro da ocorrência, correndo atrás da compra de nova fiação, quando gastei em torno de R$ 1.000,00, sem contar o serviço do eletricista que tivemos que chamar às pressas. Secretária ligando para pacientes para desmarcar exames e consultas”, afirma Adriana, que completa: “O pior é saber que essa fiação levada será vendida por um valor irrisório perto do que eu estou gastando e que essa facilidade financia este tipo de crime. Na delegacia me encontrei com outras vítimas que passaram pelo mesmo problema ou algo semelhante”.
Já Samuel complementa: “Precisamos de uma fiscalização em cima de quem compra este tipo de material. Não podemos ficar reféns de ações criminosas como esta, pois ao chegarmos para trabalhar não sabemos o que vamos encontrar, ou melhor, o que não vamos encontrar”.
A Polícia Militar e a GCM informaram que seguem com o patrulhamento e destacaram a importância do registro de boletim de ocorrência para que se possa avaliar as regiões com mais incidência desta modalidade criminosa.