O carro foi reformado para ser usado em ecoturismo pelo guia Calebe Albieri

Um Fusca Baja 1975 camuflado é usado em ecoturismo na cidade de Analândia pelo guia Calebe Vivaldini Albieri. O jovem de vinte e seis anos conta que o carro foi comprado de um amigo e restaurado pelo seu pai Juraci Albieri, um restaurador ‘raiz’ de carros antigos da linha ‘air cooled’, que usa uma técnica antiga de vinte anos atrás. “A gente pega Fusca meio surradinho que esteja barato e restaura, voltando-o à vida”.

Batizado de ‘Treme Terra’, o Fusca de início era para usar no sítio e fazer algumas trilhas, mas acabou sendo modificado para usar em turismo. “Em algum momento da faculdade eu tive uma matéria de empreendedorismo e vi a oportunidade de começar a usá-lo para fazer passeios aqui em Analândia”, revela Calebe.

O guia também conta que a cor original era vermelha e já tinha o kit plástico na parte inferior: “a gente só fez algumas mudanças no teto para poder ficar sentado lá em cima, ter visão, o bagageiro para poder carregar os capacetes e as Leds para poder fazer trilha à noite”.

Independente da profissão, Calebe admite que de qualquer forma teria esse Fusca. Além dele, a família ainda tem um Fusca 68 que também é usado em passeios. “O 68 segue no padrão original, só que com pneu militar”, relata.

A paixão pelo modelo tem explicação: “A manutenção de Fusca é quase inexistente” e Calebe completa: “é gratificante fazer o que eu já gostava de fazer antes disso virar um trabalho, esse é o ponto principal. Eu já fazia isso por gosto e aí acabou acontecendo de eu começar a trabalhar com turismo. Fui estudar Turismo na UFSCar em Sorocaba e notei essa chance, essa oportunidade de levar essa experiência que eu já vivia desde criança, poder levar a criançada que nunca andou ou quem tem muita saudade do tempo que andava no Fusca e hoje não tem mais essa chance”.

Quase todo fim de semana e feriado, Calebe leva turistas em pontos turísticos da cidade pelo ‘Treme Terra’. Nos passeios o guia de ecoturismo, que também é o motorista, faz manobras radicais quando pedem, mas nem precisa de tanta emoção, pois sabe que o próprio Fusca já é um espetáculo à parte: “só o passeio simples com ele já faz a cabeça da criançada”, finaliza.

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