Diante de algumas reportagens veiculadas pela imprensa sobre índices de criminalidade na cidade de Rio Claro, citando equivocadamente o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) como fonte das informações, cumpre ao MPSP esclarecer:
1) Em maio de 2023, o GAECO deflagrou a Operação Oposição, na qual ficou comprovado que, neste município, um grupo criminoso passou a desconsiderar as orientações da principal facção criminosa no Estado, eliminando os rivais por conta de disputa pelo controle das atividades ilícitas;
2) Infelizmente, esse quadro persiste na cidade, o que explica a onda de crimes violentos, que obviamente intranquilizam a população;
3) Não apareceu na ação ajuizada pelo Ministério Público qualquer notícia que aponte a expansão das atividades desse grupo criminoso para outras cidades do Estado e tampouco que ele se intitule “Bonde do Magrelo”, denominação cuja origem se encontra na mídia, não no GAECO;
4) Para fazer frente ao fenômeno do crime organizado, o GAECO, a Polícia Civil e a Polícia Militar primam pelo sigilo do trabalho de investigação e inteligência. As instituições consideram que conjecturas sem base nos fatos e a criação de nomes de forte apelo popular para designar grupos criminosos acabam, mesmo que de maneira involuntária, desinformando a opinião pública e agravando um cenário com enorme custo social para a pacífica e ordeira população da região de Rio Claro.