Gatos no Cemitério Municipal São João Batista recebem cuidados por uma voluntária. Animais foram abandonados no local

Adriel Arvolea

Gatos no Cemitério Municipal São João Batista recebem cuidados por uma voluntária. Animais foram abandonados no local
Gatos no Cemitério Municipal São João Batista recebem cuidados por uma voluntária. Animais foram abandonados no local

No dia 18 de maio, o Jornal Cidade publicou reportagem sobre furtos de vasos e cruzes em bronze que estariam ocorrendo no Cemitério Municipal São João Batista, a partir da denúncia de Estela Maria Badiale. Outro problema apontado foi o fato de recipientes com água disponível aos gatos serem mantidos no local, uma vez que há preocupação com a dengue.

Em defesa dos felinos, a munícipe Débora Audrey Teodoro afirma que eles são cuidados voluntariamente por uma senhora, uma vez que foram abandonados por donos irresponsáveis no próprio cemitério, sendo que a água fornecida não oferece riscos em potencial como criadouros do mosquito Aedes aegypti.

“Há pessoas desalmadas e sem escrúpulos que jogam seus animais, ditos de estimação, no cemitério. Enquanto esses animais acham que vão receber um pires de leite de seu dono, na verdade ganham uma volta de carro dentro de um saco e são jogados em cemitérios, valas, terrenos baldios e onde mais essas pessoas considerarem adequado para se livrarem deles”, comenta.

Ao invés de denúncias dessa natureza, Débora acredita que outras pessoas poderiam ajudar os gatos a terem um lar definitivo, colaborando com o trabalho de protetoras numa campanha de adoção. “Uma senhora divide seu mísero salário com essas criaturas de Deus, por puro amor, já que foram entregues à própria sorte. A pessoa pagou do bolso as castrações de mais de vinte gatos e alimenta esses coitadinhos com a ajuda de uma única pessoa que doa cinco quilos de ração por semana, o que naturalmente não é suficiente pela quantidade de animais”, desabafa.

Após a reportagem, a água aos gatos é disponibilizada somente uma vez ao dia, às 7h. “Agora, os coitadinhos não podem mais tomar água, somente porque uma pessoa acredita que foram os potinhos de manteiga, que eram trocados todos os dias, fizeram com que a cidade se tornasse a capital da Dengue”, conclui a munícipe.

Prefeitura

Com relação aos animais no cemitério, a Prefeitura de Rio Claro afirma que não são alimentados por funcionários municipais. Em contrapartida, a administração do São João Batista afirma que não recebeu reclamações referentes ao trabalho realizado nem a furtos no local.

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