DEMÉTRIO VECCHIOLI – SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
A ginasta Ana Paula Scheffer, que chegou a defender a seleção brasileira de ginástica rítmica e a ganhar uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, foi encontrada morta pela mãe na manhã desta sexta-feira (16) na casa delas em Toledo, no interior do Paraná. Ana Paula tinha apenas 31 anos.
Além do bronze no aparelho arco no Pan do Rio, Ana Paula participou do Pan da modalidade em 2005, dos Jogos Sul-Americanos de 2006, em Buenos Aires, e de 2010, em Medellin, além do Mundial de Ginástica Rítmica de 2009, no Japão. Depois disso, perdeu espaço na seleção para outra atleta de Toledo, Angélica Kvieczynski.
“Difícil descrever os sentimentos nesse momento. Hoje o céu ganhou uma estrela que já brilhou muito na terra. Foram tantos anos treinando juntas, tantos aprendizados. A ginástica brasileira perde mais uma de suas estrelas. Ana que Deus te receba. Que seu descanso seja tranquilo. Você estará para sempre nas minhas preces”, escreveu Angélica no Instagram.
Atualmente, Ana Paula era técnica da equipe de Cascavel, também no interior do Paraná. “Foram anos de dedicação a frente da GR Cascavel, uma história construída com esforço, dedicação, empenho e muito amor.
Estamos com o coração em pedaço sem acreditar nessa repentina perda, mais felizes por ter tido a oportunidade de conviver e aprender tanto com ela, Scheffer como era carinhosamente chamada deixou um legado de luta e amor pela GR, foi uma brilhante ginasta e ainda se tornou uma técnica excepcional”, escreveu a equipe no Instagram.
Em nota, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) informou que pela manhã a mãe da treinadora foi chamá-la no quarto, e, ao não receber resposta, encontrou-a sem vida. “O corpo foi levado ao IML de Toledo para apuração da causa da morte. O velório deverá ser realizado apenas na manhã deste sábado (17), a fim de dar tempo para que um irmão, que mora no Canadá, possa estar presente”, informou a confederação.
“Ana Paula Scheffer é uma das atletas que construíram a nossa Ginástica Rítmica, e que a transformaram em motivo de grande orgulho para todos os brasileiros. Além de inspirar, tinha um importante trabalho de formação de novas atletas no Paraná. Parte cedo demais, mas não será esquecida. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, declarou a presidente da CBG, Maria Luciene Cacho Resende.