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Trabalho começou há um mês e caiu no gosto dos moradores, que colocam nas plantas cuidado e bons sentimentos
A visita na horta do Abrigo da Velhice São Vicente de Paulo se tornou um dos momentos mais esperados pelos idosos que recentemente ganharam um espaço adaptado: a ‘Horta Suspensa’. O local é todo pensado para atender às necessidades da terceira idade.
“O fato deles estarem em contato com a natureza é muito importante. É como se fosse um retorno ao passado, tudo o que construíram. Eles contam as horas para estarem em contato com as plantinhas, regar, plantar e cuidar”, afirma Cintia Sciamana, que é orientadora social.
Quem não esconde a satisfação de proporcionar esse momento aos idosos é o padre Almarinho Lazzari, que faz questão de acompanhar tudo de perto: “O objetivo é revitalizar as energias, mesmo com pouca mobilidade física, mas sempre com muito esforço, e isso é gratificante. A ação sustentável é uma forma dos moradores se divertirem e praticarem exercícios físicos a partir da plantação e da manutenção da horta, que vem se expandindo a cada dia”.
Esse crescimento a que o padre se refere é que recentemente o Abrigo começou a fornecer verduras para a Santa Casa de Rio Claro. Além disso, todas as terças, quintas e sábados, das 7 horas ao meio-dia, o espaço recebe o público com uma barraquinha que tem os produtos sempre fresquinhos à venda: “O que começou como uma forma de termos esse alimento nas refeições aqui no Abrigo se expandiu. É com muito orgulho que fornecemos para o hospital produtos sem agrotóxicos para os pacientes. Temos mais de 15 mil mudas plantadas e nessa questão tenho que fazer um agradecimento à prefeitura de Rio Claro, que nos cedeu dois funcionários que nos ajudam aqui diariamente. Além da horta maior, onde temos alface, couve, brócolis, couve-flor, entre outros, criamos agora também esse espaço ‘Vip’ para os idosos cuidarem da horta medicinal, para termos as plantinhas dos chás, flores”.
O gerente da horta!
Com uma disposição de dar inveja, seu José Maurício Custódio (foto abaixo), 87 anos, é o primeiro a chegar na horta e o último a sair. Com mais mobilidade que outros companheiros, ele anda por tudo e cuida do plantio e colheita. Morando há quatro meses no Abrigo, ele se redescobriu na terra. Ele que em boa parte da vida consertou televisões, vê hoje na horta uma terapia e um incentivo no dia a dia. Se sente mais ativo em meio às plantas.
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