Antonio Archangelo
Erro eleitoral? O IBGE divulgou na quinta-feira (13) números equivocados sobre o funcionalismo de São Paulo. O erro causou protestos do governo Geraldo Alckmin (PSDB). A informação equivocada tornada pública no mesmo dia apontava um aumento de 90% no total de cargos comissionados (sem concurso público) na gestão tucana em 2012 e 2013. Depois dos protestos, o dado foi corrigido: o crescimento total dos comissionados em São Paulo, na verdade, foi de 4%.
No período 2012-2013, as informações evidenciaram que o quantitativo de recursos humanos nas administrações direta e indireta no país diminuiu 0,3%, representando uma redução de 8.324 pessoas, com os seguintes destaques: -17,1% entre os servidores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, e em menor intensidade, -1,7%, a categoria dos servidores estatutários. Por outro lado, verificam-se acréscimos percentuais nos conjuntos dos funcionários sem vínculo permanente (13,6%), estagiários (10,7%) e os somente comissionados (9,9%). Na administração direta, o maior incremento (45,3%) foi registrado entre o conjunto dos estagiários, que passou a ser constituído por 23.391 pessoas, enquanto os menores acréscimos foram verificados entre os servidores sem vínculo permanente (15,0%) e os somente comissionados (12,3%).
Na administração indireta, observa-se o expressivo decréscimo de 23,7% no conjunto de pessoas ocupadas, totalizando uma redução de 121.137 pessoas. Esse declínio se encontrava diluído, notadamente, entre as categorias dos servidores estatutários (-29,7%); estagiários (-7,7%); regidos pela CLT (-19,4%); e os sem vinculo permanente (-0,2). Apenas o contingente dos servidores somente comissionados registrou um pequeno aumento percentual de 3,9%.
O IBGE é um órgão do Ministério do Planejamento, pasta do governo federal, sob o comando da petista Miriam Belchior.