Carine Corrêa
A posição de Rio Claro no ranking estadual do Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) repercutiu. Em todo Estado, o município ocupa a 19ª posição. Entre as 5.565 cidades brasileiras, a cidade ocupa o 34º lugar, segundo o estudo do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Na região, um levantamento realizado pelo JC, com base no IDHM no ano de 2010, a cidade ocupa a segunda posição, com um índice 0,803, ficando apenas atrás de São Carlos, com um desempenho de 0,805 em uma escala de 0 a 1 — quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho. (Vide tabela ao lado com o ranking completo da região).
“Esta expressiva classificação de Rio Claro deve ser creditada ao trabalho de toda a comunidade. O Poder Público tem procurado contribuir para o desenvolvimento e crescimento da cidade e entendemos que tem obtido sucesso neste desafio. As obras, serviços e programas em setores importantes como saúde, educação e meio ambiente estão apresentando resultados altamente positivos para o município. Nossa expectativa é de que, com o planejamento que realizamos, a cidade vai continuar crescendo com qualidade de vida”, disse em resposta à pesquisa o prefeito Du Altimari.
Gunar Koelle, ex-secretário municipal de Educação no governo de Nevoeiro Júnior (2005/2008), em entrevista, afirmou que a colocação da cidade é o resultado do sistema de qualidade de ensino no município: “Rio Claro tradicionalmente tem um elevado nível de cultura e sempre primou pelas escolas de ensino público municipal, referência na região. Acima de tudo, o mais importante é o corpo de professores que integra o sistema de ensino municipal”, diz. “No período em que atuei na pasta, reformei o estatuto do magistério e aprovamos o plano de carreira para o magistério, que trouxe um benefício a longo prazo a professores e diretores. Tudo isso tende a contribuir para a qualidade do ensino municipal”, finaliza o ex-secretário.
O ex-secretário municipal de Saúde na administração de Cláudio Di Mauro, José Luiz Riani Costa, avalia que o aumento da expectativa de vida tem relação com a prioridade na questão da mortalidade infantil. “A crescente melhoria nessa área é consequência do conjunto de melhorias e de políticas públicas que chamamos de determinantes e condicionantes da saúde. Na administração de Di Mauro, foram priorizados programas de pré-natal, parto, vacinação de crianças, entre outra série de medidas. Além da promoção da saúde do idoso e do acompanhamento de doenças”, comenta.
Os dados da pesquisa foram extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.