Estadão Conteúdo
Incêndios em Portugal deixaram pelo menos 27 mortos, dezenas de feridos e um número não confirmado de desaparecidos, na segunda tragédia do tipo em quatro meses no país, informaram autoridades nesta segunda-feira. Na vizinha Espanha, foram registradas ao menos três mortes também pelo fogo.
As mortes em Portugal ocorreram em zonas com vegetação densa do centro e do norte do país, em meio a condições climáticas “excepcionais”, disse a porta-voz Patrícia Gaspar, da Agência de Defesa Civil. A situação era “crítica” por causa das temperaturas muito altas, afirmou ela. Mas há previsão de tempo mais fresco em breve, o que deve dar alguma ajuda aos bombeiros que combatem as chamas.
Além dos mortos, 51 pessoas ficaram feridas, entre elas 15 em estado grave, segundo a porta-voz. A funcionária complementou que há um número não confirmado de desaparecidos.
Portugal tem sido atingido duramente por incêndios neste ano, entre eles um que deixou 64 mortos em junho. Uma investigação independente concluiu na semana passada que as autoridades fracassaram em retirar a população de áreas de risco a tempo. O incêndio destruiu uma área de 29 mil hectares.
Uma prolongada seca e temperaturas de mais de 30º Celsius em meados de outubro foram combustível para os atuais incêndios.
Ao longo da fronteira na Espanha, mais de 130 focos de incêndio foram registrados na região da Galícia, no noroeste do país. Autoridades espanholas disseram que três pessoas morreram, duas delas presas em um carro. Milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas.
Ao menos 17 incêndios estavam próximos de áreas habitadas, muitos deles na província de Vigo. Escolas foram fechadas nesta segunda-feira na região e ao menos 20 aviões e 350 bombeiros combatiam as chamas. Uma leve chuva era prevista e ajudaria no trabalho contra o fogo.
O premiê da Espanha, Mariano Rajoy, viajou à Galícia, sua região natal, para visitar um centro de resposta à emergência. Fonte: Associated Press.